Água por R$ 93: Procon faz alerta para abusos de preços no litoral de SP

Foto: Reprodução/@Drone.Ma

Mesmo diante de uma tragédia com dezenas de mortes e que sensibilizou todo o País, há relatos de vendas de produtos básicos com preços inflacionados diante da escassez de itens essenciais em cidades atingidas pelas fortes chuvas no litoral de São Paulo.


Por causa dessa situação, o Procon-SP fez um alerta sobre a possibilidade de elevações indevidas e abusivas de preços de itens de primeira necessidade como alimentos, remédios, água e combustíveis, devido à situação de calamidade.

Uma moradora de São Sebastião, cidade mais afetada pelo temporal, relatou à TV Globo que encontrou café sendo vendido por R$ 30, um pacote de macarrão por R$ 20 e até o litro de água, normalmente encontrado por R$ 3 nos mercados, sendo cobrado a R$ 15,50.

“É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços, o que é agravado em situações de extrema fragilidade do consumidor, como no caso da tragédia que se abateu no litoral Norte de SP, consequência das fortes chuvas que assolaram a região”, explica Wilton Ruas, Diretor Executivo da Fundação Procon-SP.

Preços abusivos devem ser denunciados ao órgão para que os comerciantes sejam punidos. Para a denúncia, é preciso solicitar nota fiscal do produto ou tentar, de alguma forma, registrar a prática criminosa, com fotos ou vídeos, por exemplo.

As reclamações devem ser registradas no site www.procon.sp.gov.br, na página Espaço Consumidor.

Walace Lara, repórter da TV Globo, até chorou ao vivo ao relatar que os comerciantes estão cobrando R$93 por um litro de água em São Sebastião, no litoral de São Paulo.

“É difícil ouvir o depoimento que a gente ouviu agora e não se emocionar. Cobrar R$ 93 em um litro de água na situação que nós estamos aqui é inacreditável”, disse o repórter no Bom Dia SP.

“Tive ontem em uma comunidade aqui em Topolândia, em São Sebastião, onde tem pelo menos cem pessoas tirando lama de dentro das casas. É uma situação muito difícil de se ver e acompanhar. As cidades não têm estrutura”, acrescentou. “É difícil ouvir o depoimento que a gente ouviu agora e não se emocionar. Cobrar R$ 93 em um litro de água na situação que nós estamos aqui é inacreditável”, lamentou com voz embargada.

Terra

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