Ajuda às vítimas da cheia anunciada em Eirunepé/AM

José Melo e Gilberto Occhi visitam alagados, em Eirunepé/Foto: Herick Pereira
José Melo e Gilberto Occhi visitam alagados, em Eirunepé/Foto: Herick Pereira
José Melo e Gilberto Occhi visitam alagados, em Eirunepé/Foto: Herick Pereira
Ministro Occhi e Governador Melo, usam ponte submersa/Foto; Herick Pereira
Ministro Occhi e Governador Melo, usam ponte submersa/Foto; Herick Pereira

Após visitar as áreas afetadas pela subida das águas nas calhas do Juruá e Purus, que já atingem cerca de 13 mil famílias, o governador do Amazonas, José Melo, e o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, anunciaram hoje, quinta-feira (05), em Eirunepé, parceria para acelerar o atendimento das famílias vítimas da cheia no Estado, que já provocaram situação de mergênca em nove municípios.
Na manhã de hoje (05), José Melo, Gilberto Occhi, o secretário Nacional de Defesa Civil, general Adriano Pereira, o secretário de Defesa Civil do Amazonas, coronel Roberto Rocha, o senador Gladson Cameli, do Acre, e o prefeito de Eirunepé, Joaquim Bara, visitaram as comunidades de Ponta dos Ventos e Morada do Sol, no bairro Nossa Senhora Aparecida, em Eirunepé, para verificar as condições das pessoas que enfrentam a enchente. Na cidade, o fenômeno atinge mais de 2 mil famílias em regiões ribeirinhas e no perímetro urbano, conforme dados da Defesa Civil.


Desde janeiro, o Governo do Amazonas vem realizando o trabalho de atendimento às famílias atingidas pela cheia em todo o Estado. Mais de 127 toneladas de suprimentos, entre cestas básicas, colchões e remédios já foram entregues. Com a previsão de mais chuvas pelos próximos meses, a tendência é que os demais municípios da região do Purus e cidades do Alto Solimões entrem em situação de emergência.

Em reunião após as visitas, na sede da prefeitura de Eirunepé, ficou decidido que, para dar mais rapidez ao socorro da população, o governo federal fará o repasse de suprimentos para o Governo do Estado entregar aos municípios através da Defesa Civil do Amazonas. O órgão será o principal canal de comunicação das prefeituras com o Ministério da Integração e a Secretaria Nacional de Defesa Civil.

“Fechamos a agenda da logística de como vai funcionar no Estado. A união de forças fará com que os nossos ribeirinhos possam receber o socorro com um tempo resposta mais curto que no passado. Agora é arregaçar as mangas”, ressaltou Melo, destacando que nos últimos anos a presidente Dilma Rousseff tem garantido apoio ao Estado nas ações relativas aos fenômenos de cheia e seca.

O ministro da Integração reafirmou apoio total do governo federal e antecipou que o Ministério deverá auxiliar com recursos para a reconstrução das cidades, quando acabar o período de cheia. “O primeiro momento é o da emergência. O segundo é o do restabelecimento da normalidade, e na reconstrução da cidade, com obras do Ministério da Integração ou com ações do Ministério das Cidades. Estaremos presentes em todas as etapas”, destacou Occhi. O valor dos recursos que deverão ser empregados nessas etapas não foi divulgado pelo ministro.

Nova reunião – Nas próximas semanas, o governador deverá convocar os prefeitos dos municípios afetados para uma nova reunião com Gilberto Occhi em Manaus para definir novas ações de curto prazo. Mas a principal meta, segundo o governador, é iniciar as discussões para medidas de longo prazo, como a retirada de famílias de regiões de risco para moradias populares.

“Precisamos trabalhar com uma solução definitiva. O primeiro momento é o de socorro e agora vira esse outro. O ministro já demonstrou a disposição para resolver de uma vez por todas os problemas dessas famílias”, frisou o governador, ao anunciar a criação da agenda de estudos para as medidas de longo prazo.

Situação dos municípios – Nove municípios estão em situação de emergência no interior do Amazonas por causa da cheia. Em sete cidades a situação já foi homologada pelos órgãos oficiais. Na Calha do Rio Juruá, a cheia atinge Envira, Ipixuna, Guajará, Itamarati e Eirunepé. Na Calha do Purus, Boca do Acre e Canutama sofrem com a cheia. Na última semana, Carauari e Pauini passaram a compor o grupo.

A Defesa Civil do Amazonas estima que mais de 13 mil famílias estão sendo afetadas pela cheia nos nove municípios, duas mil a mais que na semana passada. “Estamos trabalhando na distribuição de ajuda humanitária. Nesses nove municípios em situação de emergência, já estamos no preparo para colocar as famílias em locais seguros, e para fazer uma resposta a contento”, destacou o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Roberto Rocha.

Mais de 7,5 mil já foram atendidas com as cestas básicas, kits de higiene pessoal e remédios entregues pelo Governo do Estado. As demais estão em fase de transporte. De acordo com Rocha, na Calha do Rio Juruá a cheia está antecipada. O monitoramento vem sendo feito desde dezembro do ano passado pela Defesa Civil. Àquela altura, a elevação do nível dos rios no município de Tarauacá, no Acre, que entrou em situação de emergência, já indicava um cenário de preocupação com cheia no Amazonas.

O ciclo de cheia na região do Juruá normalmente ocorre entre o fim de janeiro até o início de abril. Mas dessa vez começou na virada do ano. Em Eirunepé, a cota alcançou a marca de 17,51 metros na quarta-feira. A preocupação é que o nível supere o atingido em 2012, quando a cheia foi recorde. “A situação é de anormalidade, mas o Governo do Estado vem acompanhado e está preparado”, frisou Rocha.

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