Uma pauta importante para o movimento de pescadores, agricultores, extrativistas e ribeirinhos é a aprovação do Projeto de Emenda Constitucional (PEC) que destina 3% do orçamento líquido do Governo do Estado para o setor primário.
Isso representa na prática cerca de R$ 230 milhões/ano, que nesse ano de 2018.
No orçamento atualmente é de apenas R$ 46 milhões. “Acredito que esses recursos para a agricultura familiar poderemos atender nossos 275 mil agricultores que ficam a margem de políticas públicas para o setor”, afirmou a presidente eleita da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais do Amazonas/FETTAGRI_AM, Edjane Rodrigues.
Para o presidente da Federação dos Sindicatos de Pescadores do Amazonas, Ronildo Palmere, com o orçamento atual o governo não é possível desenvolver o setor “O Estado tem 15 bilhões de orçamento e destina menos de 0,30% para o setor primário é vergonhoso, não dar para fazer nada”, afirma o sindicalista.
O Projeto de Emenda Constitucional (PEC) é de autoria do deputado Sidney Leite. “O Amazonas depende de um único modelo econômico, que é o Pólo Industrial de Manaus (PIM). Acredito que, com o direcionamento desses recursos para a agricultura, piscicultura, pecuária e manejo florestal podemos sair da dependência dessa dependência”, defendeu Leite.
Para o secretário da Sepror, José Aparecido, a decisão de levar a PEC à votação é o primeiro passo para a grande conquista do setor. “É um investimento em políticas de governo em longo prazo. Estamos criando as condições para o fortalecimento de uma nova matriz econômica do Amazonas”.
