Alex Taveira disputa o Pan Jiu-Jitsu Championship, nos Estados Unidos

Alex Taveira disputa o Pan de Jiu-Jitsu nos EUA/Foto; Mauro Neto

Vivenciando, diariamente, a frase “deficiência não é capaz de me limitar”, o lutador Alex Taveira, que nasceu com deficiência congênita na perna direita, vem se destacando na história do esporte amazonense e, agora, como bicampeão mundial, ele se prepara para mais uma missão que pode marcar seu nome internacionalmente: trata-se do Pan Jiu-Jitsu IBJJF Championship, que acontece de 16 a 20 de março, em Irvine, nos Estados Unidos.
“Nasci com deficiência congênita na perna direita, mas, aos 11 anos de idade, fui convidado pela primeira vez a rolar num tatame, eu aceitei o desafio sem pestanejar e não quis mais parar. Na época, tratei de ir fazer um teste com o mestre Márcio Pontes da Nova União. O mestre apostou em mim, disse que eu tinha potencial e desde lá eu nunca mais parei”, contou o atleta que embarca para Irvine na segunda-feira, dia 14.


O curioso deste faixa-preta, atualmente com 30 anos, é que durante todo este tempo de carreira ele investiu em descobrir uma maneira de se destacar no chão, e conseguiu. Alex adaptou o jogo de meia guarda, o que lhe proporciona uma força incrível e excelência diante de qualquer adversário. Por isso, ele não se limita em apenas treinar e competir com Pessoas com Deficiência (PCDs). Prova disso, é que Alex disputará o Pan Jiu-Jitsu, que não é um evento voltado para PCDs, pela categoria principal: Galo Adulto, onde terá pela frente as pedreiras Caio Terra e Bruno Mafacini, que apesar de brasileiros, representam os Estado Unidos.

“Eu treinei muito para chegar à perfeição e hoje em dia consigo com facilidade fazer essa meia guarda, responsável por atormentar os adversários. Não escolho com quem vou rolar. Topo qualquer parada”, enfatiza Alex, que expandiu o Parajiu-Jítsu e fundou a primeira academia da região Norte voltada para pessoas com deficiência auditiva, física, motora, visual e intelectual. Só na Team Taveira, academia que pertence a Alex, ele tem seis alunos e em Manaus e acredita que mais de 50 paratletas pratiquem a modalidade.

“A minha maior satisfação é poder ensinar um esporte que mostrou que posso tudo, basta dedicação, pois no esporte não há limitações”, comentou Alex, que venceu o mundial de parajiu-jítsu na categoria Galo e Absoluto, em novembro do ano passado, em Santo André (SP). “Quero voltar dando alegria e orgulho aos meus alunos”, finalizou.

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