Aluno de 5 anos leva maconha de presente para professora

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Um menino de 5 anos levou de presente para a professora cerca de 10 gramas de maconha. O caso ocorreu na manhã de segunda-feira em uma escola do bairro Colibri, na zona sul de Campo Grande (MS).


“O menino tem uma família de extrema vulnerabilidade. A mãe já cumpriu pena por tráfico, está no regime semiaberto, outros membros da família são ex-presidiários, mas são muito amorosos entre si. Então ele vê a droga como algo natural porque todo mundo gosta”, explicou a conselheira tutelar Cassandra Szuberski.

De acordo com ela, como a mãe está fora de casa por cumprir pena no semiaberto, o aluno acabou criando vínculos maternais com a professora. “Ele era agressivo, tinha problemas com limites. A professora começou a dar assistência pedagógica emocional e fortalecer o vínculo e ele quis agradá-la”, contou Cassandra.

Ao receber o “presente”, a professora desconfiou e procurou a diretoria da escola. A Guarda Municipal, que atua em conjunto nos estabelecimentos educacionais, foi acionada e encaminhou o caso para o Conselho Tutelar da capital. A criança foi então questionada sobre o presente. “Ele (o aluno) falava “é ‘doga’ (sic), ué. Peguei a caixa, tirei um monte de coisas de dentro e peguei a ‘doga’, ele nos dizia”, informou a conselheira.

A Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente foi acionada. “Fomos até a casa onde a criança mora e percebemos que lá tinham outras crianças menores que ele e duas adolescentes. Nossa preocupação era de que ele possa ter dado para as outras crianças também”, ressaltou Cassandra. “Demos todo o apoio psicológico necessários e acolhemos em um abrigo as três crianças e as duas adolescentes que encontramos lá”, disse. “A mãe ficou desesperada, me ligou chorando. Orientamos que ela procurasse a Defensoria Pública”, completou.

Apesar do incidente, a conselheira relatou que todas as crianças estavam bem cuidadas e saudáveis. “A mãe pode perder a guarda, mas não deve ser o caso porque tem outras pessoas na família com condições de cuidar”, considerou.

Artigo anteriorBrasil terá garotas de programa “importadas”
Próximo artigoHomem sobrevive após motosserra ficar alojada em seu pescoço

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui