Alunos de Engenharias desenvolvem protótipos de aeronaves

Projeto é desenvolvido por estudantes dos cursos de Engenharias da UEA - Divulgação/Fapeam

Incentivar os estudantes de Engenharia a participarem de atividades multidisciplinares, que abrange desde a concepção até a construção de aeronaves, colocando a universidade entre as mais competitivas na área de engenharia da mobilidade, é o objetivo do projeto Urutau Aerodesign.


O trabalho é desenvolvido na Universidade do Estado do Amazonas (UEA), por meio do Programa de Apoio à Consolidação das Instituições Estaduais de Ensino e/ou Pesquisa (Pró-Estado) da Fapeam, que visa fortalecer e ampliar a formação de recursos humanos ao nível de Pós-Graduação Stricto Sensu, além de apoiar com recursos financeiros, a melhoria da infraestrutura de pesquisa de instituições vinculadas ao Governo do Estado.

A iniciativa foi idealizada pelo professor doutor, Antônio Kieling – Divulgação/Fapeam

O projeto surgiu em 2013 e teve apoio financeiro da Fundação com recurso de R$ 298 mil. O apoio financeiro possibilitou a construção de um laboratório que atualmente funciona como oficina de trabalho para a construção das aeronaves, com estrutura de equipamentos, computadores e softwares apropriados para a criação dos protótipos.

A iniciativa foi idealizada pelo professor doutor, Antônio Kieling, que tem assumido o desenvolvimento de todas as etapas do projeto na Universidade desde sua criação.

“Tudo começou quando um grupo de alunos visitou uma apresentação de mobilidade na área de engenharia na cidade de Florianópolis-SC e voltou com a ideia de montar um projeto aeronáutico para a universidade. A partir disso, apoiei essa inciativa e estou como coordenador e orientador até hoje”, disse. Kieling ainda ressalta que sem o apoio da Fapeam seria inviável tirar o projeto do papel.

Foto: Divulgação/Fapeam

“Sem apoio financeiro não teríamos condições para construir o laboratório, inclusive equipes de outros Estados que já participaram de competições visitaram nosso laboratório e ficaram impressionados, pois muitos não têm toda essa estrutura que temos aqui na UEA. Sem o fomento, não estaríamos aqui e não conseguiríamos desenvolver todo esse trabalho”, destacou.

Equipe Urutau – Atualmente, o grupo é formado por 25 estudantes das Engenharias: mecânica, controle e automação, elétrica, civil, produção, naval e eletrônica, naval e química, que são empenhados na construção de protótipos de aeromodelismo com a finalidade de participarem de competições.

Segundo o coordenador, todo ano é lançado um edital para a seleção dos candidatos. “Selecionamos os alunos, através de provas de etapas eliminatórias compostas no edital. Realizamos primeiro uma prova teórica. Após isso, uma dinâmica com várias atividades que são propostas para avaliar o comportamento em equipe e os mais aptos são selecionados para compor ao time”, explicou.

Foto: Divulgação/Fapeam

Competição – O Campeonato é realizado anualmente, na pista de decolagem do aeroporto da cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo. O evento é organizado pelo projeto SAE BRASIL Aerodesing, que tem como principal objetivo propiciar a difusão e o intercâmbio de técnicas e conhecimentos de engenharia aeronáutica entre estudantes.

Em 2017, a equipe de Manaus conquistou o 3 º lugar. Em 2018, os estudantes ficaram em 5º lugar. O grupo é único representante do Amazonas e também da Região Norte.

Para o estudante do 2º período de Engenharia de Controle e Automação, Rodrigo Oliveira, o projeto traz uma grande experiência profissional.

“Desde criança fui muito apaixonado por aviação e desde os 18 anos eu pratico aeromodelismo. Logo quando entrei na UEA já tinha muita vontade de participar do Urutau. Além disso, é perceptivo que um projeto desses tem um peso muito grande para meu desenvolvimento pessoal e profissional”, enalteceu.

Com mais de anos no projeto, Yuri Silva, do 6º período de Engenharia Mecânica, conta que desde o Ensino Médio já participava de campeonatos de competições, mas de outros segmentos.

“A função que desenvolvo no projeto é de cargas e estruturas, entrei no 1º período da faculdade, pois já tinha uma base de eventos de competição. Assim que ingressei na UEA, tive a oportunidade de fazer parte do Urutau. Comecei a criar uma paixão para o segmento da aeronáutica. Após terminar a graduação, penso em fazer um mestrado na área”, relata o estudante.

Foto: Divulgação/Fapeam

Resultados – Para o coordenador, a ideia é que futuramente que a iniciativa venha firmar um corpo técnico nas diversas áreas da engenharia aeronáutica.

“Esperamos que, em um futuro próximo, o fruto de todo esse trabalho, gere um núcleo de pessoas altamente qualificadas para a criação de um curso tecnológico na área de aeronáutica ou até mesmo de Engenharia. Vivemos na região com uma necessidade muito grande de deslocamento aéreo, no qual temos aeroportos, aeronaves, mas não temos um curso de formação para futuros engenheiros de aeronáutica”, explicou.

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