
As aulas práticas funcionam como uma espécie de catalisador para os conhecimentos adquiridos na teria, já que a vivência de uma experiência facilita a fixação das informações. E, com o objetivo de promover o desenvolvimento dos alunos, o Centro Literatus (CEL) realiza aulas práticas em todos os cursos técnicos da instituição. O mais recente realizado foi o de biópsia, que é a coleta do material de uma lesão ou de um órgão do corpo para ser avaliado por um médico especialista. A atividade contou com a participação de 50 alunos do curso Técnico em Análises Clínicas.
“Dividi-os em 5 grupos para que realizassem a construção da lâmina de biópsia em 5 amostras de órgãos com patologias, entre elas, um fígado com cirrose”, disse o instrutor e especialista em morfologia humana, Leivander Pimentel Campos, que adquiriu as amostras através de parcerias com hospitais.

O instrutor explica que até chegar ao diagnóstico, há por trás um processo quase que artesanal. “Para emitir o laudo, o médico patologista precisa analisar as amostras minuciosamente no microscópio. Longe de ser um diagnóstico automatizado impresso rapidamente por uma máquina, ele leva tempo e envolve etapas como exame da amostra a olho nu, processos químicos para preservação e coloração dos tecidos e de corte para que as lâminas fiquem prontas para serem analisadas. É aí que entra o trabalho do Técnico em Análises Clínicas”, explica Leivander.
Segundo o instrutor, a prática não inclui somente as atividades realizadas em laboratório, mas diversas outras experimentações que podem ser executadas em sala de aula com materiais simples. “Isto promove o desenvolvimento nos alunos da capacidade de reflexão, construção de ideias e atitudes, além do conhecimento de procedimentos, já que eles chegam ao estágio curricular já com uma bagagem de como funciona o processo”, apontou.