AM vai investir R$ 112 milhões na produção de açaí, banana e cítricos até 2018

Segundo dia de debates na Jornada de Desenvolvimento: Foto: Roberto Carlos

Investimentos da ordem de R$ 112 milhões estão previstos para o fortalecer a cadeia de produção de açaí, banana e frutas cítricas até 2018, recursos que serão injetados na mecanização e aplicação de calcário nas áreas de cultivo da fruticultura e deverão beneficiar mais de 40 mil produtores, conforme  dados divulgados, hoje, quarta-feira (13), durante o segundo dia do encontro da Jornada de Desenvolvimento da nova Matriz Econômica Ambiental do Amazonas.
Durante os debates, a Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) afirmou que a estimativa é que no período de dez anos os investimentos alcancem a marca de R$ 343 milhões, com a ampliação de 30 mil para 92 mil hectares o volume de área cultivada. Até 2018, a meta é fortalecer a produção de frutas como açaí, banana, mamão e abacaxi com atenção especial a agricultura familiar, agroindústrias e a atração de investimentos privados.


“É preciso melhorar a produção e que a gente possa levar o conhecimento, assistência técnica e produtores no manejo para obter ganhos de produção, aumento da produtividade e um bom trabalho de colheita e pós-colheita”, afirmou o titular da Sepror, Sidney Leite.

O Amazonas produz atualmente, aproximadamente, de 407 mil toneladas/ano de frutas, com destaque para banana, açaí, abacaxi e laranja. Dados da Sepror apontam a existência de 40 mil fruticultores cadastrados e 29 agroindústrias de frutas em 11 municípios amazonenses. “Estamos trabalhando na definição de um pacote tecnológico para ter seguridade jurídica do ponto de vista ambiental, de investimentos e trabalhar a demanda da logística para garantir o escoamento da produção. A grande vantagem é que, em algumas culturas, temos mercado aqui dentro e outras tem uma demanda muito grande de fora”, disse o secretário de produção rural.

A tarefa de fortalecer o setor no Estado passa por ações que possam reverter a baixa produtividade ainda registrada, segundo o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Herval Filho, coordenador de fruticultura da Sepror. Foram apontados pelos produtores como fatores críticos os entraves para a regularização fundiária, o alto custo dos insumos, problemas logísticos para o escoamento da produção, a baixa capacitação de pessoal e a carência de tecnologia para reverter obstáculos de irrigação e manejo, por exemplo.

Investimentos – Mas o governo do Amazonas vem realizando amplos investimentos na área, com novidades como o programa Pró-Calcário, o reforço na assistência técnica, e a mecanização das áreas produtivas. Ações incluídas dentro do Plano Safra Amazonas. A prioridade do Estado será incentivar o desenvolvimento da atividade na Região Metropolitana de Manaus, cidades do médio Solimões e cortadas pelo Rio Madeira.

“A fruticultura é produzida, basicamente, pela agricultura familiar. E o governo está viabilizando esses produtores com o programa pro-mecanização, uma política pública pela qual o governo entra no apoio com as máquinas pesadas, e também a questão do pro-calcário, onde é disponibilizado o calcário de forma imediata e o produtor só paga depois, tendo descontos significativos. Trabalhando a partir da mecanização, junto com calcário, e com o manejo dessas plantas, a gente pode daqui a quatro anos, aumentar a produção em até 80%”, explicou Herval.

Participaram dos debates sobre fruticultura técnicos e pesquisadores do Governo, Embrapa, Ufam, Inpa, além dos produtores do setor.

Nova Matriz Econômica Ambiental – As Jornadas de Desenvolvimento têm como tarefa definir ações para a diversificação da economia dentro de uma nova Matriz Econômica Ambiental para o Estado do Amazonas, incluindo a economia dos recursos naturais, além do modelo Zona Franca. Durante dois dias das próximas semanas, até 4 de maio, grupos de trabalho temático irão debater e formatar propostas de construção de eixos de desenvolvimento em oito setores prioritários: aquicultura e piscicultura, fruticultura, produtos florestais madeireiros e cosméticos. Também serão debatidas propostas para as áreas de fármacos, turismo, energia e minérios, logística e comunicação.

A Jornada é um desdobramento do Fórum Matriz Econômica Ambiental, realizado pelo Governo do Estado, no início de março, no Amazônia Golf Resort, com a participação de embaixadores e diplomatas de dez países, pesquisadores e ambientalistas. Esse Fórum, por sua vez, foi resultado das discussões travadas durante a participação da delegação do Amazonas na Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 21), em Paris, no ano passado.

As Jornadas de Desenvolvimento estão sendo organizadas pelas Secretarias de Estado de Planejamento (Seplan-CTI), Secretaria de Estado de Produção (Sepror) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semas). A meta do evento, nessa etapa, é trazer à discussão as propostas do Governo para desenvolver a economia no interior, e reafirmar a política de proteção do meio ambiente.

Após as conferências, os debates/Foto: Roberto Carlos
                                    Após as conferências, os debates/Foto: Roberto Carlos
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