
O Secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, participou, ontem, terça-feira (17), de reunião em Brasília (DF), com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e secretários estaduais de Segurança do País. Segundo Sérgio Fontes, uma das principais pautas do Amazonas é o combate ao crime organizado, atacando a sua principal fonte: o tráfico de drogas.
Ele destacou que o Governo Estadual busca medidas que tenham resultado no futuro. “Não bastam apenas medidas conjunturais. Nesse momento, elas são importantes para restaurar a normalidade no sistema prisional. Se você não atacar o tráfico de entorpecente, você não corta a fonte que fomenta o crime organizado”, disse Sérgio Fontes.

Segundo Sérgio Fontes, o Amazonas faz fronteira com os únicos produtores de cocaína do mundo, Colômbia e Peru, por isso estratégias diferenciadas precisam ser adotadas. “É isso que o Amazonas espera do Governo Federal, uma atitude mais firme, porque o problema é federativo, prova disso que estamos vendo outros Estados em crise. Sem essas medidas, não vamos poder dizer que o sistema prisional está pacificado”, destacou.
Sérgio Fontes afirmou que o combate ao tráfico de drogas e ao crime organizado irá trazer reflexos ao Sistema Prisional. “O sistema está corroído. Ele precisa de muito investimento, em curto prazo, e precisa que a gente combata o crime organizado aqui fora. Temos duas grandes necessidades: a primeira é não deixar que aquela pessoa que você prende continue liderando de dentro dos presídios. A segunda é o combate ao crime organizado na sua principal fonte, que é o tráfico de drogas”, afirmou.
A reunião em Brasília conta também com participação dos presidentes dos Colégios de Secretários de Justiça e Assuntos Penitenciários, Lourival Gomes (SP), e de Segurança Pública, Jeferson Portela (MA).
O encontro foi marcado após o registro de rebeliões em presídios brasileiros que causaram mais de 100 mortes em unidades do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte.
Estão sendo discutidas medidas imediatas para a crise do Sistema Penitenciário, a partir dos relatórios que estão sendo produzidos, e a implantação das medidas previstas no Plano Nacional de Segurança. Entre as principais iniciativas está a criação de 27 núcleos de inteligência e o cronograma de execução dos recursos federais liberados no final do ano passado.