Amazonense Guilherme Costa, medalhista paralímpico, faz palestra em Manaus

Mesatenista faz palestra no Colégio La Salle/Foto: Mauro Neto

O medalhista paralímpico nos jogos Rio 2016, Guilherme Costa, de 24 anos, chegou a Manaus para rever familiares, amigos e deixar um legado especial para o Amazonas. Na sexta-feira (07), em dois horários, às 08h00 e às 14h00, ele ministra palestras no Colégio La Salle, no bairro Dom Pedro, evento que recebe apoio da Secretaria de Estado de Juventude Esporte e Lazer (Sejel).
Bronze por equipes no tênis de mesa, ao lado de Aloísio Lima e Iranildo Conceição, Guilherme irá falar na palestra sobre a superação após ser atropelado aos 14 anos e ficar tetraplégico, e irá abordar também a conquista Olímpica. A ação é aberta a todos, em especial a alunos, professores e comunidade próxima.


“Esta é uma palestra que faço há cinco anos. Eu acho que é uma forma de devolver para Deus, para o universo, para o mundo, enfim, como cada um chama, o amor que recebo. É uma questão minha, de gratidão. Faço questão. Isso é uma coisa que faz meu coração vibrar, me faz sentir mais útil para a sociedade e espero contribuir com todos através desta palestra”, declarou o medalhista, atual 15º do mundo.

Mesatenista faz palestra no Colégio La Salle/Foto: Mauro Neto
Mesatenista faz palestra no Colégio La Salle/Foto: Mauro Neto

Presente e Futuro

Dez anos após o acidente, a perseguida medalha paralímpica foi concretizada. Com oito anos dedicados ao tênis de mesa, o recomeço de uma nova vida no esporte marca apenas o início de uma carreira que começa a se consolidar entre os gigantes do mundo.

“Comecei a treinar no Sarah (rede de hospitais de reabilitação) como forma de habilitação. E no meu primeiro dia disseram que eu levava jeito. Me indicaram o cara que era técnico da seleção paralímpica e seis meses depois medalhei no meu primeiro campeonato nacional, um ano e meio depois estava na seleção e não saí deste então”, relembrou.

De volta a Manaus, de onde saiu com os pais aos dois anos de idade para morar em Brasília, Guilherme esbanja sorrisos, simpatia e simplicidade. Assim, o paratleta quer somente uma coisa: motivar as futuras gerações.

“Me pegou de surpresa saber que eu e a Laiana somos os primeiros medalhistas Paralímpicos da Cidade, do Estado. Ainda está caindo a ficha que a medalha veio, acreditava que viria no segundo, talvez no terceiro ciclo olímpico. Porém, estou levando isso com muita responsabilidade, tento sempre fazer o que é certo, mas não sou perfeito.  Levo as palavras de um amigo meu que sempre disse ‘que um dia eu seja mais que referência, seja um motivo de inspiração para às próximas gerações continuarem lutando’. Antes das Paralimpíadas era um sonho impossível, minha caminhada está iniciando, tenho apenas 24 anos, e vamos para Tóquio para ver o que acontece”, ressaltou.

Conquista marcada na pele

Mais que memorável, inesquecível! E se “pintar” um pingo de esquecimento, a tatuagem no braço direito com os Aros Olímpicos e o simbólico paralímpico, chamado de Agito, composto por três elementos nas cores vermelha, azul e verde, é uma forma de marcar a conquista pessoal mais valiosa e, até então, mais importante para o Amazonas.

“Fiz em Brasília a tatuagem, antes de vir para Manaus. Vai marcar essa conquista inesquecível na minha carreira e será parte de uma das lembranças mais bonitas da minha vida”, afirmou.

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