

Os sinais são claros e inequívocos, o desmatamento avança a passos largos na Amazônia e o governo federal dá mostras não saber o caminho para reverter o quadro em vista que nenhum plano de combate ao desmatamento está funcionando.
Os dados oficiais publicados por organismos governamentais sempre divergem, para baixo, dos números extraoficiais, como o relatório publicado regularmente pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia_IMAZON, indicando que o corte raso cresceu mais de 200% na parte brasileira da Floresta Amazônica entre os meses de agosto de 2014 a fevereiro de 2015 (1.702 Km2) quando comparado com o mesmo período de 2013 a 2014 (540 Km2).
Esses números deveriam estimular uma reação forte no combate ao desmatamento, em todas as frentes, porém, o que vemos é uma ação inversa de relativização para o grave problema que afeta toda uma região.
Completando esse quadro desolador para o meio ambiente, na semana passada, um estudo publicado pelo Portal Infoamazônia, denominado “A Política do Desmatamento” indica que as despesas do governo federal para o combate e prevenção ao desmatamento teve uma redução de 72% no primeiro mandato da Presidente Dilma Rousseff quando comparado com o governo anterior.

A pressão exercida na floresta amazônica por madeireiras, grileiros, latifundiários e agricultores criou o que ficou conhecido como o “arco do desflorestamento” (vide áreas vermelhas no mapa) que desmata com corte raso, em seguida usa a terra como pasto para criação de gado e por fim, entrega a terra para o plantio de soja ou cana.
Nas últimas três semanas, o programa Fantástico vem apresentando uma série de reportagens com o título “ Amazônia S/A” que desnuda todas as mazelas que a região enfrenta e sinaliza alguns caminhos para a mitigação dos problemas ambientais e sociais que afligem a região.(George Dantas – ambientalista)