América Latina e Caribe geram empregos apesar da desaceleração econômica

Cepal e OIT estimam que desemprego não aumentará na América Latina.
Cepal e OIT estimam que desemprego não aumentará na América Latina.
Cepal e OIT estimam que desemprego não aumentará na América Latina.

Estudo sobre formalização do emprego e distribuição dos rendimentos do trabalho, da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), foi lançado esse mês. O estudo traz indicadores do mercado de trabalho na América Latina e no Caribe para o primeiro semestre de 2014 e mostra que apesar do pouco crescimento econômico não aumentará o desemprego na região neste ano: na verdade, o mesmo cairá para 6,0% ou 6,1% (estimativa), comparado ao índice de 6,2% em 2013. O estudo ainda pondera que o crescimento econômico da América Central será maior que o do resto da região e que na região como um todo se prevê maior crescimento no segundo semestre.


No primeiro semestre de 2014, segundo o estudo, a desaceleração econômica afetou a geração de emprego, que se expressa na diminuição da criação de emprego assalariado formal. Mas a queda da geração de emprego não se traduziu em maior desemprego ou diminuição de salários, que tiveram moderados incrementos. Assim, apesar da crise mundial, a formalização continuou crescendo: entre 2009 e 2013, os empregos formais cresceram 12,7%, enquanto os informais somente 2,6%, o que indica uma melhora da inserção no mercado de trabalho. A distribuição da renda, no mesmo período, melhorou, tendo como causa também a formalização do emprego. O aumento da formalidade beneficiou especialmente assalariados, trabalhadores com nível intermediário de escolaridade e mulheres.

O estudo aponta que um dos motivos da continuidade da queda do desemprego é a saída de pessoas da população ativa, fenômeno que tem ocorrido na região desde 2013. Por exemplo, no Brasil, entre o primeiro semestre de 2013 e o mesmo período em 2014, segundo o estudo, a taxa de participação dos jovens de 15 a 24 anos no mercado de trabalho caiu de 52,6% para 50,2%, enquanto na faixa etária de 25 a 49 anos se contraiu somente de 81,5% para 81,1%. Entre os adultos de mais de 50 anos, também houve redução significativa, de 40,6% para 39,3%.

No geral, portanto, o balanço do mercado de trabalho na região é positivo, apesar da desaceleração econômica. Permanecem como desafios a elevada heterogeneidade no mercado de trabalho, especialmente considerando a desigualdade de gênero.

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