Ao prestar homenagem a Teori Zavascki, Sérgio Moro diz que ele foi ‘verdadeiro herói’

Sérgio Moro se emociona ao falar de Teori Zavascki, em velório/Foto: Divulgação orio

Durante o velório do ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o juiz federal Sérgio Moro disse que ele foi um “herói”, por conta das dificuldades do processo.
“Vim prestar homenagem ao ministro Teori Zavascki, já me manifestei publicamente a respeito. Acredito que, pela qualidade, relevância e importância pelos serviços que ele prestava, e a situação difícil desses processos, pela importância desses processos, ele foi um verdadeiro herói. Há uma grande desolação da magistratura, todos que o conheciam, especialmente aqui da quarta região, onde ele fez carreira profissional”, disse Moro, que teve seu breve pronunciamento interrompido por conta de problemas no microfone.


O corpo do ministro é velado desde as 09h00 deste sábado (21) na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre. Pela manhã, a cerimônia é reservada para amigos e familiares, e a partir das 11h00 será aberta ao público. O sepultamento ocorrerá às 18h00 no Cemitério Jardim da Paz, também na capital gaúcha.

O corpo de Teori chegou à Base Aérea de Canoas, na Região Metropolitana, por volta de0 7h20, e foi acompanhado em um cortejo com familaires, e também pela presidente do STF, Cármen Lúcia. Eles seguiram pela BR-116 até o tribunal, na região central da cidade.

Metade dos ministros do Supremo deverá vir ao Rio Grande do Sul para o velório de Teori, que era relator da Lava Jato na Suprema Corte. O presidente Michel Temer também deve comparecer ao velório do ministro. O embarque estava previsto para às 11h00, em Congonhas, São Paulo. A agenda oficial da presidência prevê que a chegada ao velório às 13h00.

O ministro do STF morreu na quinta-feira (19), aos 68 anos, em um acidente aéreo no litoral do Rio de Janeiro. Viúvo desde 2013, Teori deixa três filhos. Ele se tornou ministro do STF em 2012 por indicação da então presidente da República, Dilma Rousseff.

Teori Zavascki estava de férias e viajava para a casa de praia do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono do Grupo Emiliano, quando o avião caiu no litoral fluminense matando todos os ocupantes na última quinta-feira (19).

Filgueiras também morreu na tragédia. Além dele e do ministro do STF, morreram outras três pessoas na aeronave: Osmar Rodrigues (piloto do avião), Maira Lidiane Panas Helatczuk (massoterapeuta de Filgueiras) e Maria Ilda Panas (mãe de Maira).

Carreira

Teori Zavascki  se tornou ministro do STF em 2012 por indicação da então presidente da República, Dilma Rousseff. O magistrado teve o nome aprovado no Senado com 54 votos favoráveis e quatro contrários. Ele substituiu o ministro Cezar Peluso, que havia se aposentado no mesmo ano.

Na carreira jurídica anterior ao STF, Teori se especializou em direito tributário. Ele foi indicado para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, mas foi nomeado para a Corte Superior, em 2003, pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No STJ, ele atuou na Primeira Turma e na Primeira Seção, especializadas em matérias de direito público. Entre as pautas julgadas pelo colegiado estão ações judiciais ligadas a servidores públicos, improbidade administrativa e tributos.

Natural de Faxinal dos Guedes (SC) – além de ter sido ministro do STF e do STJ –, Teori também presidiu o Tribunal Regional Federal da 4ª região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) entre 2001 a 2003 e atuou como juiz do Tribunal Regional Eleitoral na década de 1990.

Ele ingressou na carreira jurídica em 1971, em Porto Alegre, como advogado concursado do Banco Central, onde atuou por sete anos. No anos 80, o magistrado se transferiu para a superintendência jurídica do Banco Meridional do Brasil.(G1)

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