Aos 100 anos, o orgulho de ser estivador amazonense

Estivadores de Manaus na Câmara Municipal de Manaus/Foto: Tiago Correa

Estivadores de Manaus na Câmara Municipal de Manaus/Foto: Tiago Correa


Você sabia que desde o desenvolvimento de Manaus, na chamada época áurea da borracha, a categoria de estivadores contribui para as diversas melhorias urbanas? Afinal, quem descarregou os navios que traziam as diversas peças importadas da Europa, que dão destaque aos principais monumentos da cidade de Manaus? Sim, foram eles -, os estivadores, que são motivos de orgulho pelos relevantes serviços sociais prestados a capital amazonense, sobretudo ao Estado. Dentro de um processo de desenvolvimento mais atual, materiais da Ponte Rio Negro, assim como a fachada e a cobertura da Arena da Amazônia também passaram pelas mãos dos estivadores.

Comemoração

Nada mais justo do que comemorar com essa classe de trabalhadores que sente orgulho de contribuir com o progresso do Amazonas, os 100 anos de fundação do Sindicato dos Estivadores e Trabalhadores de Estivas de Minérios do Estado do Amazonas (SETEMEAM), no próximo dia 29 de março, num jantar de confraternização, no Dulcila Festas e Convenções, no bairro Ponta Negra.

Conquistas

Nesses 100 anos de história, o SETEMEAM -, o mais antigo do Amazonas e o segundo mais antigo do país, conta com 300 trabalhadores e tem muito a comemorar, como por exemplo, a conquista do maior salário da categoria no Brasil; a contribuição junto à economia amazonense, a qualificação dos estivadores no uso de equipamentos modernizados, o recorde de produtividade da estiva em Manaus, a autonomia sindical, a regulamentação da aposentadoria especial, a produtividade profissional e qualificada dos estivadores amazonenses.

Metas do Setemeam

Manter a mão de obra valorizada procurando demonstrar que a categoria dos estivadores é capaz de realizar um trabalho eficiente e produtivo, com segurança e respeito ao meio ambiente.

Homenagens pelo centenário do Setemeam (CMM e ALEAM)

Depois da Sessão Especial realizada dia 14 de março, sexta-feira na Câmara Municipal de Manaus (CMM), agora chegou a vez da (ALEAM) –Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas, homenagear a categoria, no dia 2 de abril. A propositura é do deputado estadual Tony Medeiros (PSL).

Destaques

“Tudo o que consumimos em Manaus passa pelas mãos dos estivadores” João Batista Almeida, 80, aposentado que compara os cem anos do Setemeam a uma empresa produtiva, ao lembrar-se dos tempos em que o trabalho dos estivadores era uma atividade braçal.

“O estivador deixou de carregar caixas para ser operador”, diretor financeiro do Setemeam, Cleomar Barreto.

“Comemorar 100 anos é comemorar as vitórias de um povo”, presidente do Setemeam, Claudovaldo Farias Barreto.

Breve histórico

Mesmo depois de muitos anos exercendo a profissão, os estivadores brasileiros só começaram a se organizar em uniões de operários e sindicatos a partir do século XIX. Em 1993 a profissão já era reconhecida pelo decreto 29 de 1993, posteriormente pela lei específica 8.630/93 e depois regulamentada pela Lei 9.719, de 1998. Em Manaus, são três os períodos distintos da organização. O primeiro foi no período da borracha; o segundo, no âmbito urbano, a partir de 1910 com as agremiações assistencialistas e, o terceiro, associado à criação dos sindicatos dos operários após 1914.

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