AP: Moradores usam peixes mortos para interditar BR-156, em protesto

Peixes mortos na pista interditam rodovia/Foto: Neuberto Dantas
Peixes mortos na pista interditam rodovia/Foto: Neuberto Dantas
Peixes mortos na pista interditam rodovia/Foto: Neuberto Dantas

A mortandade de peixes no rio Araguari é enfrentada pelos moradores desde agosto, um mês depois da liberação da Licença de Operação (LO). Eles alegam que o problema iniciou quando a hidrelétrica começou a operar em fase de testes, com abertura das comportas. A morte dos peixes estaria causando até escassez do produto no município e prejuízos aos pescadores que dependem da atividade, conforme os moradores da região.

“O impacto da morte desses peixes é muito grande para a nossa comunidade, ainda mais nesse período, quando acontece a desova dos peixes. O que nos revolta é que nem sabemos a causa da morte desses peixes. Além disso, a comunidade cobra compensações porque ninguém mais aceita comprar o peixe por causa do problema”, afirmou o técnico em informática Neuberto Dantas, de 47 anos, que registrou o protesto e enviou para o G1.


O G1 entrou em contato com a Ferreira Gomes Energia para falar sobre a morte dos peixes próximo ao empreendimento construído pela empresa. A responsável pela obra informou que realiza estudos para posteriormente emitir laudos sobre a causa da mortandade de peixes.

O Instituto de Meio Ambiente do Amapá informou que o laudo emitido pelo instituto não aponta poluição no rio Araguari. O estudo, no entanto, não foi conclusivo devido ao grande poder de diluição de substância na água. O instituto frisou que desde janeiro de 2011, o monitoramento da qualidade da água no município é feito por laboratórios de São Paulo, Macapá e Santana.

O diretor técnico do Imap Jesse Janes confirmou que a empresa responsável pela obra repassou o valor de R$ 4 milhões ao Fundo de Compensações Ambientais, gerido pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema), no entanto, o dinheiro será usado em áreas de conservações ambientais, conforme previsto em lei.

A compensação no setor pesqueiro à comunidade, estipulado pelo Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento no rio Araguari previa incentivos na pesca da região. O Conselho Estadual de Meio Ambiente (Coema) informou que uma auditoria realizada no PBA da empresa apontou que a construção de um local específico para atividade pesqueira será concluído em 30 dias.(G1)

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