Apenas duas fêmeas de rinocerontes-brancos-do-norte restam no planeta

Foto: Reprodução

A subespécie de rinocerontes-brancos-do-norte (Ceratotherium simum cottoni) entrou funcionalmente em extinção, segundo especialistas. Com a morte de Sudão, o último macho do grupo, em 2018, apenas duas fêmeas conseguiram sobreviver a anos de caça predatória, e cientistas vêm batalhando para elaborar alternativas de procriação e perpetuação dos animais.


Desde o início de 2019, instituições e laboratórios tentam encontrar alternativas para evitar que a subespécie de rinocerontes-brancos-do-norte venha a se encerrar definitivamente a partir da próxima geração de indivíduos.
Em uma das primeiras tentativas, devido a problemas de saúde das fêmeas, pesquisadores italianos não conseguiram concluir, com sucesso, a transferência de esperma congelado de Sudão para Najin e Fatu.

Felizmente, a falha no tratamento por fertilização não desmotivou os cientistas, que estabeleceram o Projeto de Fertilidade Rhino, na Universidade de Oxford, Reino Unido, para viabilizar possibilidades de criação de óvulos artificiais através de tecidos de ovários de rinocerontes falecidos. O tratamento está sendo visto com muito potencial e, em um futuro próximo, pode vir a ajudar no combate não apenas contra a extinção dos rinocerontes-brancos-do-norte, mas de outras subespécies e espécies.

O cultivo de óvulos

Ainda em 2019, o projeto de Oxford já foi capaz de armazenar óvulos imaturos das últimas fêmeas de rinocerontes-brancos-do-norte, que foram tratados com hormônios para, posteriormente, entrarem em estado de amadurecimento e serem fertilizados por esperma congelado. As amostras seriam, então, transferidas para fêmeas de rinocerontes-brancos para que pudessem ser devidamente transformadas em futuros filhotes dos animais, mas o processo ainda está em desenvolvimento na espécie.

Já que Najin e Fatu apresentam problemas de saúde devido à idade avançada, os óvulos seriam colocados em saudáveis rinocerontes-brancas do sul, subespécie que atualmente conta com mais de 20 mil indivíduos, para depois, casa haja sucesso no tratamento, os filhotes serem enviados para as terras do norte.

No momento, os esforços dos laboratórios estão voltados para a otimização do cultivo de óvulos, reservando a maior quantidade possível a partir da coleta de tecidos de rinocerontes mortos. A escassez da espécie para disponibilizar amostras para análise pode surgir como uma barreira para expandir o tratamento, mas os pesquisadores estão animados com as possibilidades de utilizar o processo para reviver ecossistemas terrestres.

Fonte: Mega Curioso

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