App cria “botão do pânico” em forma de joia

Aplicativo usa botão do pânico como ação preventiva contra violência sexual. (Foto: Malalai/Divulgação)

Se a cidade for mais segura para as mulheres, ela será mais segura para todos”, disse a arquiteta e urbanista mineira Priscila Gama, idealizadora do aplicativo Malalai, que tem o objetivo de ajudar pessoas a se sentirem mais protegidas ao andarem sozinhas pelas ruas.


Além de dar dicas preventivas de como escolher um trajeto mais seguro e mandar mensagens para alguém de confiança quando estiver chegando ao seu destino, a Malalai ainda conta com um dispositivo semelhante a uma joia que pode ser usado como anel ou colar.

Aplicativo usa botão do pânico como ação preventiva contra violência sexual. (Foto: Malalai/Divulgação)

“Ele funciona como um ‘botão de pânico’. Caso a mulher se sinta ameaçada, intimidada, ela aperta a joia e automaticamente três pessoas recebem uma mensagem de alerta. A ideia é fazer com que a mulher possa pedir socorro de forma discreta. Há também esta possibilidade no próprio aplicativo. Mas dependendo da situação que a vítima enfrenta, não dá para pegar o celular, desbloquear e acionar a Malalai”, explicou Priscila.

Henrique Mendes e Priscila Gama desenvolveram o aplicativo Malalai. (Foto: Priscila Gama/ Arquivo pessoal)

O aplicativo está disponível no Google Play. A empresa ainda negocia com a Apple a oferta para o sistema IOS. Mais de três mil pessoas fizeram o download gratuito até agora.

Já o dispositivo que se assemelha a uma joia custa R$ 170. “Quando nós lançamos o aplicativo, ofertamos 70 peças que se esgotaram rapidamente. Mas quem estiver interessada, pode ir ao site e se cadastrar”, disse Priscila.

Botão do pânico pode ser usado como anel ou colar. (Foto: Malalai/Divulgação)

A Malalai surgiu no fim de 2015 após relatos de violência sexual que foram compartilhados por mulheres na internet através da #primeiroassedio .

“A primeira ideia era criar uma companhia virtual para as mulheres. Mas a partir de uma pesquisa maior que a gente fez, elaboramos uma frente preventiva. Ela é feita de três formas. A primeira é um mapeamento colaborativo sobre segurança em ruas. Qualquer pessoa pode participar e colaborar. A segunda é um conforto cognitivo em que a mulher pode compartilhar a rota com pessoas de confiança. E a terceira é o ‘botão de pânico’”, contou Priscila.

Em 2017, o Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, recebeu cerca de 20 mil notificações de violência sexual no Brasil.

“O número é absurdo, mas a maioria das vítimas continua não denunciando. Se essas mulheres não estão notificando, o que a gente pode fazer quanto a isso? Como a gente poderia agir de forma preventiva? A Malalai surgiu com essa proposta, de ajudar a evitar que mulheres passem por isso”, disse a arquiteta.

Fonte: G1

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