A Receita Federal tem registrado um aumento significativo nas apreensões de azeite clandestino no Brasil. Até 31 de julho deste ano, mais de 1 milhão de litros foram apreendidos, quase igualando o total do ano anterior.
Esse crescimento nas apreensões é atribuído à escassez e ao aumento do preço do azeite no mercado internacional, que tem levado criminosos a introduzir irregularmente o produto no país, muitas vezes sem atender aos requisitos estabelecidos pela Anvisa.
O Paraná lidera as apreensões, com 826 mil litros, seguido por São Paulo e Mato Grosso do Sul. Recentemente, um depósito clandestino foi descoberto em Londrina (PR), onde a Receita encontrou quase 2 mil litros de azeite supostamente de origem argentina. A alta no preço do azeite, impulsionada pela quebra de safra na Europa, tem gerado oportunidades para fraudes, colocando em risco a saúde dos consumidores.
Especialistas alertam para os perigos do consumo de azeite clandestino, que pode conter substâncias prejudiciais e não seguir os padrões de qualidade. O engenheiro-agrônomo Pedro Henrique Abreu Moura recomenda que os consumidores fiquem atentos ao rótulo e desconfiem de preços muito baixos, além de consultar o site do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para verificar marcas recolhidas por fraude.
O Mapa também tem intensificado suas ações de fiscalização e já interceptou, neste ano, mais de 20 mil litros de azeite falsificado em Foz do Iguaçu (PR). As fraudes, que muitas vezes envolvem o uso de azeite lampante, um óleo de baixa qualidade e impróprio para consumo, continuam sendo um problema global, com o azeite de oliva sendo o segundo produto alimentar mais fraudado do mundo.
Fonte: R7
