Aprovada a PEC que prorroga Zona Franca de Manaus até 2073

Benefícios fiscais são prorrogados por 50 anos, contados de 2023. Texto segue para o Senado.
Benefícios fiscais são prorrogados por 50 anos, contados de 2023. Texto segue para o Senado

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (04), em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 103/11, do Poder Executivo, que prorroga os benefícios tributários da Zona Franca de Manaus, por mais 50 anos, até 2073. Atualmente, a Constituição prevê a vigência até 2023.


Foram 366 votos a favor, 2 contra e 3 abstenções. A matéria será enviada ao Senado.

A Zona Franca foi criada em 1967 para estimular a geração de emprego e renda na região amazônica.

Benefício aos estados

A votação em segundo turno da PEC foi possível graças à aprovação, pouco antes, do Projeto de Lei 6727/13, que prorrogou benefícios concedidos pela Lei de Informática (8.248/91) até 2029.

Para o líder da Minoria, deputados Domingos Sávio (MG), as duas propostas juntas beneficiam todos os estados. “Garante-se o desenvolvimento da Amazônia, com equilíbrio com outros estados. Uma união em prol do Brasil”, disse.

O deputado Sibá Machado (AC), que é vice-líder do PT, disse que as duas propostas beneficiam o desenvolvimento da região Norte sem prejudicar outras regiões. “Garantimos também que as indústrias não façam concentração em um só lugar”, afirmou.
Sibá Machado ressaltou que o polo industrial garante o desenvolvimento econômico da região Norte e ajuda na preservação ambiental.
Esse foi o mesmo argumento do líder do PV, deputado Sarney Filho (MA), que defendeu a prorrogação da Zona Franca como uma alternativa para evitar a depredação da floresta.

O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) lembrou que a Zona Franca gera 120 mil empregos diretos. “Antes, o PIB da região era 0,56 e, agora, é 1,58”, afirmou.

Lei de Informática

Desde o início da discussão da prorrogação da Zona Franca, deputados de outros estados cobraram a prorrogação das isenções da Lei de Informática para evitar a fuga de empresas ou concorrência desleal entre produtos de Manaus, no Amazonas, e de outros estados.
O texto aprovado para o PL 6727/13 concede às empresas de informática isenção de 80% do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até 2024, com redução progressiva até 2029, quando o benefício será extinto.

O líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), disse que o acordo para votação do projeto evitou uma “guerra federativa” entre as bancadas dos diferentes estados, como houve na disputa dos royalties do pré-sal, que acabou na Justiça. “Não podemos promover guerra federativa. Não podemos impedir que cada um que tenha um tipo de recurso perca o seu direito”, declarou.

Acompanharam as votações o governador do Amazonas, José Melo ao lado de senadores de estados da região Norte. (Câmara dos Deputados)

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