Argentina pressiona Colômbia mas só consegue passar nos pênaltis

O choro colombiano/Foto: AFP

Foi suado, sofrido, mas merecido. A Argentina está nas semifinais da Copa América . Após pressionar a Colômbia durante quase toda partida, os argentinos pararam na ótima atuação do goleiro Ospina, mas, após um empate por 0 a 0 no tempo regulamentar, foram recompensados nas penalidades máximas com uma vitória por 5 a 4. Carlos Tevez, que voltou a disputar uma competição oficial pela seleção depois de quatro anos, foi o responsável por marcar o derradeiro e garantir a vaga na próxima fase do torneio sul-americano.
Com a classificação, a Argentina agora espera o vencedor de Brasil e Paraguai, que jogam neste sábado, em Concepción, no Chile. Quem avançar encara a seleção de Messi na próxima terça-feira, às 20h30 (de Brasília), também em Concepción, valendo uma vaga na decisão da Copa América.


Como já era de se esperar, a Argentina soube aproveitar sua qualidade técnica e não deu chances aos colombianos na etapa incial. Com Messi inspirado, os comandados por Tata Martino tomaram toda iniciativa, pressionaram os rivais e só não foram para o intervalo com uma vantagem elástica pela ótima atuação de Ospina. Bem posicionado, o goleiro da Colômbia fez intervenções precisas. No mais perigoso, salvou um chute de Aguero com os pés e, no rebote, fez um milagre na cabeçada de Messi já na pequena área.

A Colômbia até tentou sair para o jogo em alguns (poucos) momentos do primeiro tempo. Mas não criaram absolutamente nada, tanto que no intervalo os números marcavam nove finalizações a zero para os argentinos. Com dificuldades para marcar o sistema ofensivo rival, os colombianos abusaram das entradas duras e ainda saíram com quatro cartões amarelos, por pouco já não terminaram com um a menos.

Ao contrário do desempenho da etapa inicial, Argentina perdeu intensidade, cansou, e deu espaço para os colombianos. Ospina ainda fez algumas intervenções básicas, cortando lançamentos. A Colômbia teve uma leve melhora, mas nem assim incomodava Romero, que precisou encaixar apenas uma bola em uma cabeçada de Jackson Martínez.

Vendo sua seleção cansada em campo, Tata Martino optou pela entradas de Tevez e Banega nos lugares de Aguero e Pastore, respectivamente. As alterações surtiram efeito e a Argentina, com sangue e pulmões novos, melhorou. Após falta dura em Messi, Banega ficou com a bola e, de longe, viu sua finalização triscar o travessão. Um minuto depois, em cobrança de escanteio, Otamendi desviou e Ospina, mais uma vez, operou um milagre embaixo das traves, e ainda viu a bola carimbar a trave esquerda e quase pegar em suas costas. Tevez ainda teve uma oportunidade no final do confronto, quando dividiu com o goleiro e viu a bola entrando, mas Murillo, em cima da linha, salvou os colombianos.

A decisão, então, foi para as penalidades máximas. James Rodríguez foi o responsável por abrir as cobranças: bateu colocado, no canto direito, deslocando Romero. Messi, na sequência, cobrou da mesma maneira para empatar. Falcao Garcia, que começou no banco, cobrou com perfeição, sem chances para o goleiro. Depois, o zagueiro Garay honrou sua posição e igualou com um foguete de pé direito. Cuadradro respondeu firme, no alto. Banega, que também entrou na etapa final, colocou no cantinho, fora do alcance de Ospina. Muriel, que entrou aos 39min do segundo tempo, isolou e Lavezzi virou para os argentinos. Cardona deu um fôlego para os colombianos, que ganharam sobrevida ao ver Biglia mandar para fora.

Nos alternados, um show de horrores: Zuñiga parou em Romero, e Rojo, que precisava só fazer para garantir a classificação, acertou o travessão. Na sequência, Murillo, assim como Muriel, isolou. Sobrou para Tevez, ídolo argentino, decidir. E ele não decepcionou. Mesmo batendo no meio, estufou as redes e garantiu os hermanos na semifinal da Copa América.

Depois da polêmica atuação Sandro Meira Ricci na partida entre Chile e Uruguai, que inclusive rendeu um afastamento ao brasileiro, foi a vez do mexicano Roberto García Orozco protagonizar mais uma fraca atuação na Copa América. Rigoroso na etapa inicial, o árbitro distribuiu seis cartões amarelos, quatro para Colômbia e dois para a Argentina. Porém, na volta do intervalo, percebeu que poderia se complicar e acabou mudando seu critério. Acabou segurando as punições para não ter que expulsar algum jogador logo no começo do segundo tempo e irritou tanto argentinos quanto colombianos.

Depois de ignorar algumas faltas claras, a comissão técnica da Argentina se irritou e chegou até bater boca com Orozco. Sem alternativas, seguiu o procedimento adotado por Ricci e expulsou o auxilar de Tata Martino, que havia sido expulso pelo brasileiro na partida contra o Uruguai.

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