Arlindo Junior critica valor do ‘cachê’ proposto pela FIFA aos artistas locais no Fan Fest

Vereador Arlindo Junior(PROS), critica "cachê" da FIFA/Foto: Robervaldo Rocha
Vereador Arlindo Junior(PROS), critica "cachê" da FIFA/Foto: Robervaldo Rocha
Vereador Arlindo Junior(PROS), critica “cachê” da FIFA/Foto: Robervaldo Rocha

O valor dos cachês proposto aos artistas locais, que irão se apresentar no Fifa Fan Fest Ponta Negra, o equivalente a R$ 1,5 mil a R$ 2 mil, em comparação aos valores pagos às atrações nacionais, foi criticado pelo vereador Arlindo Júnior (PROS), durante pronunciamento na Câmara Municipal de Manaus (CMM).

De acordo com Arlindo Júnior, a Fifa está brincando com os artistas amazonenses. De acordo com ele, os grupos dos bumbás Caprichoso e Garantido estão fazendo um movimento para mostrar essa discrepância existente entre o valor a ser pago aos artistas locais e o que será repassado às atrações nacionais. “Os artistas nacionais vão ganhar R$ 300 mil, R$ 500 mil para se apresentar e a Fifa quer dar R$ 2 mil para os artistas locais. Temos que reagir e nos unir para acabar com isso”, disse ele, que sugeriu uma moção de repúdio à Fifa e aos organizadores por essa discriminação.


Para o vereador, que também é cantor, está difícil programar um show com esse famigerado cachê. “Alguns artistas estão até aceitando fazer, pois é uma forma de aparecer e divulgar seus trabalhos”, criticou o parlamentar.

Arlindo Júnior disse que chegou a pedir aos artistas para dizer não a esse valor proposto e se irmanar à luta pelo aumento do cachê. O vereador acha um desrespeito oferecer um cachê desse valor para artistas como Lucilene Castro, Junior e Israel Paulain, enquanto Ivete Sangalo e Jota Quest cantam por R$ 500 mil e R$ 300 mil.

O vereador disse ainda que sabe que a Rede Amazônica, responsável pelas contratações, está fazendo apenas o seu papel, pois as contratações são feitas em nível nacional pela Fifa. “Queremos que a Fifa tenha respeito com os artistas locais”, disse ele, ao afirmar que estão gastando milhões com a Copa e para a classe artística amazonense só vai sobrar “migalhas”.

Vice-líder do prefeito Arthur Neto (PSDB), na Casa Legislativa, o vereador Ednailson Rozenha (PSDB) apoiou as críticas de Arlindo Júnior. Segundo ele, a Fifa está colocando o País de joelho. “Concordo. Os artistas locais não tem que cantar por R$ 1,5 mil. A Fifa deixa a nossa cultura de joelhos”, completou.

Elias Emanuel (PSB) garantiu que a Rede Amazônica sempre deu apoio à cultura e ao talento amazônico. “O presidente da Rede Amazônica, Felipe Daou, nunca abriu mão da nossa identidade cabocla e não abriria mão agora”, explicou o socialista.

Artigo anteriorAADES adere o clima de Copa do Mundo e faz foto histórica
Próximo artigoTratamento de depressão infantil será feito em Unidades Estaduais de Saúde

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui