Os artesãos da feirinha do artesanato da Avenida Eduardo Ribeiro (Centro), prometem montar as suas barracas nesse domingo (18), por conta própria e risco. Eles estão dispostos a enfrentara a repressão da Guarda Municipal e a ordem do prefeito Arthur Neto (PSDB) de mandar retirar os permissionários à força, como já vem acontecendo em vários pontos da cidade.
Os feirantes estão dizendo que eles decidiram não aceitar a resposta negativa do prefeito candidato Arthur, que retirou os feirantes do seu local de trabalho, desde que iniciaram as obras de pavimentação, em dezembro do ano passado.
O presidente da Associação dos Feirantes da Eduardo Ribeiro, Wigson Azevedo da Silva, convocou a categoria para uma assembleia geral nessa quinta feira (15), a partir das 16 horas, na Casa do Trabalhador, Centro de Manaus. Eles vão aprovar ou não a decisão de voltar mesmo com a proibição do prefeito.
Indignados, os quase 360 permissionários das barracas da feirinha do artesanato da Eduardo Ribeiro alegam que estão amargando prejuízos incalculáveis e que as obras de pavimentação com os paralelepípedos, mal feita ou não, terminaram em agosto deste ano. Portanto, não justifica a proibição do prefeito, para que eles retornem aos seus locais de trabalho.
Na semana passada o vereador Mário Frota (PHS) intercedeu em favor da categoria e, até chegou a anunciar a volta da feirinha para o seu local de origem. Dois dias depois, voltou com a notícia de que o prefeito candidato Arthur Neto tinha negado, sem dar muitas explicações.
O vereador Mário Frota deu a entender que o prefeito culpou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) que, segundo ele, estaria dificultado o retorno dos feirantes, para não deteriorar mais do que já está, os serviços de pavimentação da Avenida inteira.
De todo forma, os feirantes, artesãos e permissionários estão dispostos a voltar aos seu postos de trabalho, nesse domingo (18), por conta própria. É provável que o tucano Arthur mande a sua Guarda Municipal retirar os pais de família à força, como já aconteceu em outras ocasiões, no mesmo local, justamente com uma categoria similar, os camelôs.