Arthur dá presente de grego a Rotta – Por Paulo Figueiredo

Advogado Paulo Figueiredo (AM)

Um presente de grego, foi o que o prefeito Arthur Neto deu ao vice Marcos Rotta. Deixou que a bomba do aumento da tarifa de ônibus explodisse no colo de Rotta, encarregado de anunciar os novos preços em entrevista coletiva. Pelo visto, o lado difícil e amargo da administração ficará sempre reservado para o vice-prefeito. O projeto e a tão falada implantação do BRT – Bus Rapid Transport já sinalizam nessa direção, uma vez que não há quem possa acreditar seja viável, com um custo de alguns bilhões de reais, frente à crise atual que o país atravessa. De mais a mais, c omo é evidente, em quatro anos, e Arthur Neto mais do que ninguém sabe disso, não haverá sequer tempo para elaboração, conclusão dos estudos e execução das obras.
Marcos Rotta, com o exemplo do aconteceu ao ex-vice Hissa Abrahão, deveria andar de orelha em pé, ter um pouco mais de cuidado, mesmo porque cautela e canja de galinha não fazem mal a ninguém, e cesteiro que faz um cesto faz cem.


Advogado Paulo Figueiredo (AM)

Lá atrás, quando em campanha, o prefeito disse que preferia ser preso do que conceder o mínimo reajustamento no valor das passagens de ônibus. A seu estilo, desafiou o Poder Judiciário, ao sustentar que não cumpriria nenhuma decisão judicial que o obrigasse a majorar os preços até então vigentes.

Passado o pleito, já no primeiro mês de sua nova gestão, nem ao menos titubeou e foi logo concedendo o aumento desejado pelas empresas do sistema de transporte coletivo em Manaus, mas nada de levar a notícia ao público. Para tanto, valeu-se do vice, pronto a sofrer o desgaste, porquanto aparecerá junto à população como o homem do aumento.

E não apresentaram nada, nenhuma planilha ou outras razões que pudessem justificar a majoração de preços, empurrados goela abaixo dos usuários, e ponto final. É claro que existe defasagem entre os valores das tarifas e seu custo efetivo, incluindo-se a necessária e justa remuneração pelos serviços prestados, cujos preços precisam ser atualizados, como medida indispensável à manutenção do sistema. No entanto, todos os dados e elementos de composição do valor das passagens precisam vir a lume com absoluta transparência, sem escamoteações de qualquer na tureza, distantes de se prestar ao engodo e à farsa, como ocorreu na recente disputa pela Prefeitura de Manaus.

A sociedade não tolera mais procedimentos de tal ordem. Como Dilma Rousseff, que prometeu em campanha o que não poderia cumprir, Arthur Virgílio Neto cometeu claro e indiscutível estelionato eleitoral.

Em seguida, como antecipamos em notas nas redes sociais, o prefeito sumiu, escafedeu-se, chegou da Colômbia, integrando o vergonhoso tour do BRT, e simplesmente desapareceu.

Ninguém sabe onde anda o alcaide, com sua atual primeira-dama, e já lá se vão 10 dias sem que se tenha a menor informação sobre o paradeiro de ambos. Enquanto isso, a população mais sofrida e vulnerável da sociedade suporta os gravames do dia a dia, obrigada a usar ônibus velhos, caindo aos pedaços, sem perspectivas mínimas de melhorias no sistema.

Será que estariam em mais uma lua de mel? Bem, tudo é possível, a conferir.(Paulo Figueiredo é Advogado, Escritor e Comentarista Político – [email protected])

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