Assembleia do AM discute em audiência pública, cancelamento de voos para Manaus

Audiência reúne representantes de companhias aéreas/Foto: Divulgação

Representantes das companhias aéreas, agências de viagens, hotelarias e do poder público estadual e municipal, estiveram reunidos hoje (18), na Assembleia Legislativa do Amazopnas, numa Audiência Pública, proposta pelo deputado estadual Francisco Souza (PSC), quando foram discutidos os motivos para o cancelamento dos voos diretos, saindo de Manaus para Fortaleza, Rio de Janeiro e Lisboa e a alteração de, pelo menos, quatro voos das empresas TAM e Azul.
As companhias aéreas apresentaram suas justificativas, apontando o aumento dos custos operacionais e a crise econômica que afeta o país como as causas do cancelamento dos voos. Mesmo com a iniciativa do governo do Estado de reduzir o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da alíquota do querosene das aeronaves, as companhias pretendem manter os cancelamentos.


Os representantes da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav-AM) e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH-AM), apresentaram suas preocupações com a medida, que afeta o turismo do Estado, cujo setor já estava em baixa, principalmente o turismo receptivo.O presidente da ABIH-AM, Roberto Bulbol, disse que antigamente, a ocupação do hotéis da cidade eram de 56% e, atualmente, gira em torno de 34%. “A maioria das vagas eram preenchidas por pessoas que vinham a negócios relacionados ao Polo Industrial de Manaus (PIM)”, destacou.

Para Francisco Souza, a Audiência Pública já está dando frutos, porque conseguiu provocar um debate com a participação dos atores envolvidos na cadeia produtiva do turismo amazonense. “Cada agente teve a chance de ouvir e ser ouvido, e com isso tivemos a oportunidade de verificar os nós que atravancam o desenvolvimento do turismo regional, o setor que mais gera emprego e renda”, disse.

O parlamentar destacou ainda que tanto o governo do Estado como a Prefeitura de Manaus, que mandaram representares para a Audiencia, estão abertos para conversar com as companhias aéreas e convencê-las a voltar atrás da decisão de reduzir voos a partir de abril, quando as medidas anunciadas entrarão em vigor. “Acredito que esse quadro pode mudar até lá”, frisou.

O vice-presidente da Associação Comercial do Amazonas (ACA), Pedro Mendonça, afirmou ser compreensível o cancelamento dos voos internacionais, porque existem outras empresas que continuarão operando direto. “Nossa maior preocupação é com o trafego aéreo nacional, que se for cancelado começará a isolar o Estado do Amazonas do Sul e Sudeste do país”, mencionou, ressaltando ainda a precariedade da aviação regional.

O representante da Manauscult, Nicolas Cabral, considera importante assegurar os voos existentes. Segundo ele, o governo e a prefeitura estão fazendo sua parte. “A prefeitura já conversou com a Azul e a TAM também propondo redução da alíquota do Imposto sobre Serviços (ISS)”, mencionou.

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