O assessor especial José Wilde, que trabalha diretamente com o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, pediu exoneração do cargo, nesta sexta-feira (17), após ter o nome envolvido nas investigações da Operação Lava Jato, da PF (Polícia Federal).
Ele é acusado de ter recebido cerca de R$ 20 mil de uma empresa de consultoria ligada ao doleiro Alberto Youssef, que foi preso pela PF acusado de lavagem de dinheiro.
Wilde nega qualquer tipo de relação com o doleiro, mas decidiu se afastar para se defender. Em carta entregue ao Ministério da Previdência, ele conta que o valor recebido é referente ao pagamento de uma prestação de serviço de assessoria de imprensa que ele realizou em 2010.
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Ele alega que o contrato que assinou com a empresa prevê confidencialidade e, por isso, não divulga o nome da companhia que pagou pelo serviço. Wilde também afirma que nunca teve nenhum tipo de relação profissional com o doleiro e mostra indignação por ter sido citado nas suspeitas.
— Causa-me justa indignação qualquer insinuação da mais remota ligação minha com pessoas ou empresas envolvidas em negócios escusos, especialmente neste caso, em que prestei serviços lícitos, não sendo de meu dever pesquisar a origem de recursos que, também licitamente, me foram destinados.
O assessor diz ainda que, para defender sua honra, decidiu assinar, “em caráter irrevogável, pedido de exoneração do cargo de Assessor Especial do Ministro”. José Wilde também afirma ter grande admiração pelo ministro Garibaldi e agradeceu a oportunidade de integrar a equipe que trabalha com ele.