
A atividade econômica no Amazonas cresceu 4,61% em 2019 e ficou cinco vezes acima da média nacional, de 0,89%, segundo o Banco Central (BC). De acordo com o relatório do BC, a variação econômica do Amazonas foi a maior em todo o País. E passou à frente de São Paulo, que obteve crescimento de (2,75%), Santa Catarina (2,54%) e Goiás (2,29%).
Para o economista Eduardo Souza, o Amazonas se destacou porque a indústria e o setor de serviço são as duas maiores fontes de renda do Estado.
“Isso se deve principalmente ao período que estamos vivendo. Com uma estabilidade um pouco maior em nível de taxa de juros e inflação, o Brasil tenta retomar o crescimento de forma mais forte. Ainda que a taxa nacional esteja baixa, o Amazonas saiu favorecido nesse sentido porque os principais mercados mais afetados por esse crescimento são mercados mais desenvolvidos nessa região”, explicou.
Setores em Destaque
Serviços, indústria, construção civil e comércio teriam impulsionado esse crescimento, segundo o relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Os dados mostram que esses foram os setores que mais empregaram em 2019.
Ainda de acordo com os dados, o comércio empregou mais de 39 mil pessoas e a indústria realizou mais de 32 mil admissões.
O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fecomércio), Aderson Frota comentou que os dados apontam para uma retomada no setor.
“Em 2019 tivemos um novo momento da economia onde assistimos não só o índice de confiança do consumidor aumentando, mas também as vendas do varejo melhorando sistematicamente, resultando nesse desempenho. O comércio superou as expectativas, saindo da crise”, destacou.
Já o presidente do Centro Integrado da Indústria (Cieam), Wilson Périco avaliou que os dados reforçam o papel do polo industrial de Manaus em nível nacional.
“Esses dados mostram que a Zona Franca de Manaus é importante não só para a região, mas para todo o país. O nosso polo industrial é responsável por gerar riqueza, criar empregos em todo o país”, explicou.
Fonte: G1/Amazonas