
Quatro atletas da Luta Olímpica do Amazonas vão integrar a partir de hoje, dia 26, a delegação brasileira, mais conhecida como Time Brasil, para disputar o II Jogos Sul-Americanos da Juventude, que serão realizados de 6 a 8 de outubro, em Santiago, no Chile. A competição é classificatória para os Jogos Olímpicos da Juventude, marcados para o período de 6 a 18 de outubro de 2018, em Buenos Aires, na Argentina. O time baré conta com o apoio do Governo do Amazonas, via Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
Os únicos representantes do Estado na competição, da categoria Cadete, são os atletas Helisson Bresson (46Kg), Brayan Lucas (54Kg), Ketellen Regina Fernandes, (40Kg), e Diana Alves (60Kg). O Amazonas, inclusive, detém o maior número de atletas na Luta Olímpica, que é completada por um atleta de São Paulo, um da Paraíba, dois do Mato Grosso e um de Natal. Os nove são coordenados pelo técnico amazonense Waldeci Silva.

“Estamos muito felizes de estar indo para esta competição. Essa é a primeira vez nos Jogos desses quatro atletas amazonenses e somos os únicos representantes do Estado neste torneio, que engloba várias modalidades olímpicas, incluindo a Luta. Para nós, é uma honra, satisfação e responsabilidade fazer parte do Time Brasil e o classificatório para os Jogos foi a soma de diversos campeonatos da temporada 2016 e 2017, em que recebemos ajuda da Sejel, destacou Waldeci.
Ainda segundo o técnico, a primeira vez que o Amazonas esteve nos Jogos foi há quatro anos, com dois atletas, sendo David Washington (54Kg), que ficou em quinto lugar, e Davi Oliveira (46Kg), que conquistou a medalha de bronze. A expectativa, agora, é obter resultados ainda melhores. “Agradeço a torcida e a parceria de todos. Acredito que vamos obter bons resultados, pois iremos com muita garra, e estamos treinados. Nossa preparação veio desde do início do ano e com as várias competições que já tivemos pela frente, conseguimos afinar ainda mais a técnica”, frisou.
Um dos atletas que lapidou a tática para os Jogos foi Brayan Lucas, 16, através do treinador Anderson Alves, da academia Amazonas Club da Luta, da Cidade Nova 2, Zona Norte de Manaus. “Tivemos o treino modificado para os Jogos Sul-Americanos, visando a técnica mediante aquilo que a gente conseguiu avaliar dos possíveis adversários. No Sul-Americano, que foi em julho, por exemplo, eu fiquei em segundo lugar, perdendo para a Bolívia. Agora, o objetivo é ficar com a medalha de ouro e, por isso, ele mudou meu estilo de jogo tambem, principalmente baseado no atleta da Bolívia. Acredito que estou mais rápido e pronto”, disse ele, que faturou o Torneio da Juventude e o Campeonato Brasileiro no início do mês.

Para Helisson Bresson, 15, a experiência de todo o circuito vai ajudar para chegar bem na competição que vai ocorrer no Chile. Segundo ele, entre os adversários a ser batido, está o clima. Mesmo assim, a confiança em conquistar o pódio é grande. “A gente sabe que lá é frio, isso atrapalha um pouco, mas vamos ter alguns dias de aclimatação, que vão ser extremamente importantes para a gente conseguir se adaptar. É uma responsabilidade grande representar nosso País, estou bem confiante, pois acredito que nosso nível está melhor do que dos nossos adversários, e queremos dar orgulho para quem torce pela gente”, comentou.
Estreando nos Jogos Sul, Ketlen Regina, 16, deve realizar sete lutas pela competição. O número, entretanto, não assusta a atleta que foi bronze no Pan-Americano em julho deste ano. A jovem já impulsionou sua preparação em cima dos adversários e deve bater o peso antes mesmo de chegar em Santiago. “Eu reforcei a minha defesa de braço e pescoço, agora é ir lá, lutar, e ganhar. Estou correndo para perder peso, preciso perder um quilo, mas isso é tranquilo. Acredito que hoje mesmo (segunda) já vou eliminar”, disse.
Colecionando vários títulos desde o ano passado, como o Torneio Internacional, realizado na Argentina, Diana Alves sabe que terá pela frente verdadeiras pedreiras. Isso porque, suas adversárias são altas, o que faz a amazonense ter que empregar mais força na competição. “As meninas são bem mais altas e fortes. Tenho 1,63 e geralmente que tem braços maiores já entra com mais vantagem. Por isso, concentrei meus treinos muito nisso, no ataque, e sei que terei que ser ágil e forte. Não será fácil, mas nada é impossível”, afirmou.