Atletas de MMA se rebelam no Amazonas: ‘Chega de lutar em troca de ingressos’

Logo do Sindicato dos Lutadores do Amazonas/Foto: Divulgação
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Em tom de protesto, um movimento formando por lutadores de MMA do Amazonas promete paralisar os eventos no Estado caso não haja um gradual processo de profissionalização da modalidade. Eles se negam a lutar por ingressos, prática adotada por alguns organizadores para pagar as bolsas dos lutadores nos eventos de pequeno, médio e grande porte no Amazonas.
Os lutadores também esperam fundar um sindicado para combater os desmandos administrativos das secretarias Estadual e Municipal de Esportes, que investem dinheiro público em eventos de fora e deixam de apoiar as competições locais onde são formados os verdadeiros representantes do MMA amazonense.


O movimento ‘Chega de lutar em troca de ingressos’ começou a partir da iniciativa do lutador profissional Fernando Silva, o “Tourinho”, atleta amazonense da equipe Márcio Pontes Brazilian Jiu-Jítsu/Nova União e atualmente disputando o Shooto Brasil (Rio de Janeiro).

“Os atletas se matam nos treinos, ralam a vida inteira e alguns organizadores de eventos do Amazonas querem nos obrigar a vender ingressos como única forma de pagar as bolsas. Não somos vendedores de ingressos, somos lutadores. Isso está errado e tem que mudar, por isso tivemos ideia de juntar forças, reunir os lutadores e tentar formar um sindicado para lutar pelos nossos direitos”, disse Tourinho, que tem 26 anos e um cartel com 12 combates (oito vitórias, duas derrotas e dois empates).

Outras demandas
Os atletas também querem formar um ranking estadual de MMA que estabeleça níveis diferentes entre os lutadores, classificando-os como iniciantes, profissionais e veteranos. Outra ideia do grupo é estipular um valor mínimo para as bolsas, assim como garantir dos organizadores o apoio de ambulância e a divulgação profissional de todos os eventos.

O futuro Sindicato dos Lutadores Profissionais de MMA do Amazonas não se opõe aos organizadores que definem cotas de ingressos para os atletas venderem. No entanto, eles discordam veementemente que essa seja a única maneira que os promotores encontraram para levar público aos eventos. Uma proposta é que se estabeleça um percentual de ingressos para os atletas ou academias ajudarem a vender, mas jamais a bolsa completa.

Primeira reunião
O grupo já tem mais de 50 atletas do masculino e feminino, entre novatos e profissionais. A primeira reunião do movimento acontece na próxima terça-feira, 16 de agosto, às 19h30, em Manaus. O local da reunião é um escritório de advocacia localizado na avenida Coronel Cirilo Neves, 1010 (é a rua que dá acesso à Ponte Rio Negro, indo pela avenida Brasil, na Compensa, Zona Oeste).

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