Santiago/Valparaíso (Chile), 13 abr (EFE).- As autoridades chilenas rebaixaram para 11 o número de mortos pelo incêndio que há 24 horas afeta a cidade portuária de Valparaíso.
Os Carabineiros (Polícia Militar) do Chile esclareceram que o número de vítimas mortais não é de 16, como tinham informado previamente as autoridades, mas o balanço provisório de mortos é de 11.
Ao mesmo tempo, as equipes de emergência que trabalham desde ontem para controlar as chamas do pior incêndio na história desta cidade ordenaram a evacuação das colinas Ramaditas, Rocuant e Pajonal, na zona alta da cidade, onde foram reativados vários focos do incêndio.
“É um fogo sem controle em uma zona florestal de cerca de 50 hectares que já começou a afetar as casas contíguas”, disse ao “Canal 24 Horas” o comandante do corpo de bombeiros de Viña del Mar, Marcos Quintana, que estimou que a extinção do incêndio, que já queimou por volta de 800 hectares, levará vários dias.
Esta situação frusta os planos dos bombeiros e dos brigadistas da Corporação Nacional Florestal, que esperavam ter as chamas sob controle na primeira hora da tarde.
O principal motivo do aumento do fogo é o vento, com sequências de entre 40 e 50 km/h, assim como a seca que se prolonga há quatro anos e as altas temperaturas, impróprias desta época do ano (outono austral).
Por outra parte, o ministro do Interior, Rodrigo Peñailillo, anunciou hoje que o governo dará um bônus para as cinco mil pessoas afetadas por este incêndio, que obrigou a evacuação de 10 mil pessoas e já destruiu umas mil casas, segundo o último balanço oficial, entregue pela própria presidente chilena, Michelle Bachelet.
A pretensão do governo é que o dinheiro deste bônus seja utilizado para comparar artigos de primeira necessidade nas lojas locais, a fim de ajudar além disso a reativação da economia da zona, e também serão entregues ajudas para o aluguel de casas.
Ao mesmo tempo em que começa a ser distribuída a ajuda para os afetados e as equipes municipais realizam o cadastro de danos, os moradores de Valparaíso começaram a recolher os escombros das casas destruídas, muitas delas ainda em brasas.
As autoridades suspenderam as aulas para amanhã em toda a cidade, situada a 120 quilômetros ao oeste de Santiago e onde habitam umas 250 mil pessoas. EFE
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