Avalanches paralisam busca de 300 desaparecidos no Nepal

Equipes de resgate recuperam corpo em meio aos escombros/Foto: Reuters
Equipes de resgate recuperam corpo em meio aos escombros/Foto: Reuters
Equipes de resgate recuperam corpo em meio aos escombros/Foto: Reuters

Várias avalanches ocorridas nos últimos dias no vale de Langtang, no Nepal, obrigaram a paralisação da busca de cerca de 300 pessoas desaparecidas na região desde o terremoto de 16 dias atrás, e demandam a retirada imediata de dezenas de cidadãos, informou nesta segunda-feira uma fonte oficial.
As equipes de resgate nepalesas que trabalhavam em Langtang foram para regiões mais seguras devido aos deslizamentos registrados em diferentes partes do vale desde a sexta-feira à noite, disse o chefe adjunto do governo regional, Gautam Rimal, ao jornal local Himalayan Times.


“A busca e as evacuações são impossíveis até que o tempo melhore”, disse Rimal, alertando também sobre o perigo que cerca de 200 pessoas correm que desde se refugiaram no mosteiro budista de Kyanjin Gompa.

O local acolhe desde então dezenas de sobreviventes do terremoto, cujos povoados foram “arrasados” e que diante dos deslizamentos “precisam de uma evacuação de emergência”.

O número de mortos causados pelo terremoto que assolou o Nepal há 15 dias é superior a 8 mil, sendo que o total de feridos ronda 17,5 mil, segundo os últimos dados oficiais neste domingo (10) divulgados pelo Governo nepalês.

Os mortos pelo desastre chegam a 8.019 e os feridos, a 17.866, a maioria dos quais são dos distritos de Sindhupalchowk, ao norte da capital nepalesa e da região administrativa de Katmandu, informou o Centro Nacional de Operações de Emergência na sua conta no Twitter.

O governo nepalês calcula em 290,8 mil o númeto de construções totalmente destruídas e em pelo menos 251,8 mil as que ficaram parcialmente destruídas, após o tremor de 7,8 graus de magnitude na escala Richter em 25 de abril.

A Organização das Nações Unidas (ONU) prevê que 8 milhões de pessoas necessitem de ajuda e 3 milhões, de alimentos. O organismo pediu US$ 415 milhões, dos quais só arrecadou até agora 10%, segundo o Gabinete para a Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas.

Este foi o maior tremor de terra no Nepal nos últimos 80 anos e o pior na região do Himalaia na última década, desde que, em 2005, outro terremoto causou a morte a mais de 84 mil pessoas na Caxemira, área dividida entre a Índia e o Paquistão.(Terra/EFE/AgBr

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