Avaliação científica sobre os ecossistemas da Amazônia já está disponível para consulta

Foto: Divulgação / Rhisa

Salvar e conservar a Amazônia é o propósito do Relatório do Painel Científico para a Amazônia, um compilado sobre os sistemas ecológicos da maior biodiversidade do mundo, produzido a partir da contribuição científica de mais de 200 pesquisadores, dentre eles, os professores Henrique Pereira e Tatiana Schor, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), além de Philip Fearnside e Sonia Alfaia, ambos do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).


O Painel é uma iniciativa da Rede de Soluções Sustentáveis da ONU e que reúne um arcabouço científico envolvendo diversos aspectos sociais, econômicos, políticos e ambientais sobre a Amazônia e que agora encontra-se na fase de consulta pública.

Ponto focal da Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (SDSN Amazônia) na Ufam, o professor Henrique Pereira destaca que a conservação, a diversidade biológica, a regulação climática e como tudo isso está relacionado aos desafios da sustentabilidade da Amazônia são a tônica do Relatório.

O documento é o primeiro realizado para toda a Bacia Amazônica e seus biomas e tem a missão de solicitar que governos, empresas, sociedade civil e todos os habitantes do planeta implementem suas recomendações e atuem de forma conjunta pela conservação e desenvolvimento de uma Amazônia efetivamente sustentável.

“Queremos mobilizar a sociedade, as autoridades, os governos, as instituições para que possam colaborar com essa discussão que é tão importante para a sustentabilidade da nossa região”, enfatizou o professor Henrique Pereira que também coordena o Atlas do Desenvolvimento Sustentável do Estado do Amazonas, o qual monitora as 175 metas dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável para os municípios do Amazonas.

O relatório considera 10 ações como ponto-chave para salvar a Amazônia, entre eles a intocabilidade da soberania da Amazônia, a prioridade aos direitos dos povos que habitam a região, a adoção de soluções baseadas na ciência, o monitoramento em tempo real, uma economia sustentável e eficiente, produção sustentável com responsabilidade, restauração urgente da floresta, uso de novas tecnologias e a certeza de que os povos indígenas são os verdadeiros guardiões da floresta.

Na esteira da conservação, o relatório defende a gestão com base em evidências científicas, o completo cessamento de incêndios florestais, o fim ao desmatamento e mudanças no uso da terra, o financiamento de agências fiscalizadoras, a revisão do impacto ambiental dos projetos de infraestrutura, o fortalecimento dos códigos e padrões florestais, o financiamento internacional em larga escala para o desenvolvimento de pesquisa, inovação, conservação, restauração, manejo, a proteção aos povos e comunidades indígenas, a certificação das cadeias de suprimentos e a expansão do monitoramento científico.

O conteúdo do Relatório do Painel Científico para a Amazônia, está distribuído em 34 capítulos que podem ser acessados no site  www.aamazoniaquequeremos.org. no link https://www.theamazonwewant.org/Chapters-in-.

No momento, o material encontra-se na versão inglês, mas já a partir de 10 de agosto, estará disponível também em português e espanhol.

Artigo anteriorSobe para 126 o número de mortos na Europa após chuvas
Próximo artigoGoverno de Roraima abre concurso público para 65O vagas de Nível Superior

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui