
O Banco Central (BC) iniciou a segunda fase do projeto-piloto da moeda digital brasileira, o Drex, que testará serviços financeiros via contratos inteligentes geridos por terceiros. A primeira moeda digital do Brasil, equivalente ao dinheiro em circulação, está em fase de testes, com previsão de conclusão até o meio de 2025. Não há uma data específica para o lançamento.
Fabio Araújo, coordenador do projeto, explicou que serão avaliados casos de uso considerando a privacidade e a colaboração com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para testar ativos não regulados.
O BC divulgou 13 temas selecionados para a nova fase, escolhidos entre 42 propostas. Os principais casos incluem:
1. Recebíveis: Facilita a movimentação de valores de cartões de crédito, ajudando pequenas empresas a obter crédito.
2. Crédito em CDB: Utiliza CDBs como garantia para empréstimos, reduzindo custos para empresas.
3. Crédito em títulos públicos: Permite que títulos públicos sejam usados como garantia em empréstimos, reduzindo custos para consumidores.
4. Trade Finance: Financiamento de comércio internacional com tokenização de documentos, agilizando pagamentos.
5. Otimização do câmbio: Melhora a eficiência do mercado de câmbio, com negociação contínua e redução de custos.
6. Liquidez para títulos públicos: Cria uma infraestrutura para negociação automática de títulos, facilitando o acesso ao investimento.
7. Transações com CCB.
8. Transações com debêntures: Simplifica a negociação de debêntures, facilitando o acesso a financiamento.
9. Transações no agronegócio.
10. Créditos de descarbonização: Melhora a negociação de ativos sustentáveis.
11. Transações com automóveis.
12. Transações com imóveis: Facilita a transferência de propriedades de alto valor.
13. Ativos em redes públicas: Conecta o Drex a redes DLT públicas, promovendo inovação regulatória.
Atualmente, dezesseis consórcios ou empresas participam do Piloto Drex. Em 2024, o BC abrirá novas propostas para interessados em participar.
Fonte: Banco Central