Banco genético ajuda famílias a identificarem parentes enterrados como indigentes

Foto: Erikson Andrade e Divulgação/SSP-AM

Amostras de DNA, da arcada dentária e de impressões digitais têm ajudado famílias a identificarem parentes mortos, mesmo após enterrados como indigentes no Amazonas. No Instituto Médico Legal (IML), um banco com essas informações ajudou a amenizar a dor de duas famílias que buscavam por parentes desaparecidos e que haviam sido enterrados como indigentes, este ano.


“Com o banco, podemos encontrar, por exemplo, uma pessoa de outro estado que acabou falecendo aqui no Amazonas”, destaca o diretor do Departamento de Polícia Técnico-Científica, Lin Hung Cha. De janeiro a maio, o IML encaminhou 52 corpos não identificados para sepultamento, somente três do sexo feminino. Dos corpos não identificados, sete são somente ossada.

Foto: Erikson Andrade e Divulgação/SSP-AM

Em 2018, o IML encaminhou 99 corpos não identificados para sepultamento. Destes, a maioria foi por morte natural, totalizando 29 pessoas que chegaram sem identificação de hospitais da capital.

“Quando não há busca por parte dos familiares, em 30 dias é solicitado o sepultamento como indigente ou a doação do corpo conforme a Lei n° 8.501, a Lei de Doação de Cadáveres”, explicou Cha.

Entre os indigentes, as mortes de causas naturais são as mais frequentes, seguida pelas mortes por arma de fogo e acidentes de trânsito. Depois vêm as mortes decorrentes de agressões físicas e mortes suspeitas.

Até fevereiro de 2019, menos de 9% dos corpos foram revistos após o sepultamento. No ano passado inteiro, foram revistos somente 5% dos 99 enterros de pessoas classificadas como indigentes.

Para um indigente ser identificado, é necessária a comparação de DNA através dos pais ou filhos do desaparecido. “A vantagem do banco de dados é que podemos identificar e provar se uma pessoa realmente estava naquele local”, disse Lin Hung Cha.

Banco de dados – Para composição do banco de informações, são colhidas amostras da impressão digital, arcada dentária e material genético para exame de DNA, que pode ser muscular, ósseo ou sanguíneo.

“O material genético é enviado pelo IML ao Laboratório de Genética Forense e é mantido no Banco de Perfil Genético do Amazonas que, além da identificação de corpos, também pode confrontar os perfis genéticos com os de outros estados para comprovação e resolução de crimes ainda sem autoria definida”, enfatizou Lin Hung Cha.

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