Blogueiro russo defensor da guerra na Ucrânia morre em explosão em São Petersburgo

Vladlen Tatarsky, o blogueiro russo morto em uma explosão neste domingo - foto: recuperada

Uma explosão em um café em São Petersburgo matou o blogueiro russo pró-Putin Vladlen Tatarsky, que escrevia sobre a guerra na Ucrânia, segundo o Ministério do Interior da Rússia.


O blogueiro dizia: “Derrotaremos todos, mataremos todos, roubaremos todos, conforme necessário. Do jeito que gostamos.”

Segundo a polícia, pelo menos 16 pessoas ficaram feridas na explosão de uma bomba no Street Bar Cafe, que organizava um evento no qual Tatarsky era palestrante.

Vídeos publicados nas redes sociais mostram a explosão e pessoas feridas na rua. Não está claro quem foi o responsável pelo ataque a bomba.

Vladlen Tatarsky, cujo nome de batismo era Maxim Fomin, era um grande defensor da guerra da Rússia na Ucrânia.

Ele havia feito postagens na linha de frente da guerra e ganhou notoriedade maior no ano passado depois de postar um vídeo filmado dentro do Kremlin, em uma cerimônia organizada por Putin.

Explosão aconteceu neste café em São Petersburgo – foto: recuperada

No vídeo, o blogueiro dizia: “Derrotaremos todos, mataremos todos, roubaremos todos, conforme necessário. Do jeito que gostamos.”

A cerimônia foi a mesma em que Vladimir Putin proclamou a anexação pela Rússia de quatro regiões parcialmente ocupadas da Ucrânia. Essa apropriação de terras foi condenada internacionalmente. São Petersburgo é a cidade natal do presidente Putin, onde ele ganhou notoriedade.

No Telegram, Tatarsky tem mais de 500 mil seguidores. Apesar da sua defesa ferrenha da guerra, ele e outros blogueiros militares já criticaram certos aspectos da campanha russa na Ucrânia – acusando Putin de não ser duro o suficiente.
Tatarsky vivia em Moscou desde 2019, mas nasceu na Ucrânia em 1982, antes da queda da União Soviética.

Segundo o site de notícias TSE, Tatarsky já foi preso por assalto a banco. E de acordo com o próprio blogueiro, ele chegou a ser preso uma segunda vez, mas recebeu um perdão do líder separatista Alexander Zakharchenko e permissão para lutar contra o exército Ucraniano em 2014.

Ele havia assumido o novo nome quando começou a escrever relatos de guerra.

Bomba na caixa

Fontes do Ministério do Interior citadas pela agência de notícias russa RIA disseram que a bomba estava escondida em uma estátua presenteada a Tatarsky em uma caixa.

O café que sofreu o ataque já foi propriedade de Yevgeny Prigozhin, chefe do notório grupo mercenário Wagner, da Rússia, segundo o site de notícias São Petersburgo Fontanka.
Um grupo chamado Cyber Front Z, que se autodenomina “tropas de informação da Rússia” no Telegram, disse que havia alugado o café para a noite.

BBC Brasil

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