Boas práticas agrícolas (Por Osíris Silva)

Economista Osíris Silva(AM)
Economista Osíris Silva(AM)
                                                           Economista Osíris Silva(AM)

Um projeto que vem recebendo forte apoio do produtor rural diz respeito ao sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), executado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com a associações de criadores e produtores agrícolas em diversos estados brasileiros. No Mato Grosso, por exemplo, as pesquisas ocorrem há cinco anos e as primeiras avaliações mostram que, na pecuária, a produção no sistema de integração foi de 20 arrobas por hectare ao ano, três vezes mais que a produtividade média no estado. A grande vantagem do ILPF ‘é o produtor conseguir implantar os reflexos da adubação da lavoura após a colheita na produção de forragens, sem que o componente “arbóreo” prejudique com o sombreamento e reduza a produção de forragens no sistema como um todo”, ao que constata a Embrapa Agrosilvipastoril, de Sinop, MT.
Ao longo de 12 meses, o sistema ILPF produziu 18 toneladas de matéria seca por ano, enquanto que a pecuária tradicional registrou apenas 11 toneladas. Além de aumentar a produtividade por hectare, o sistema ILPF também ajuda a reduzir os impactos ambientais, com a redução de gases de efeito estufa e a recuperação de áreas degradadas, visto que o solo passa a reter mais água nas áreas de plantio, garante a Embrapa. O sistema avança no Brasil. A maioria das áreas alterna ciclos pecuários e agricultura. Um dos graves problemas que vem impedindo maior expansão das áreas de produção refere-se à falta de mão de obra qualificada. Ao que salienta a Embrapa, necessário ter gente capacitada e que entenda não só de árvores, de grãos ou de bois, mas sim de cada um dos componentes e das suas interações para que o sistema seja aditivo, e não negativo, quando a gente o faz de maneira conjunta.


 

No segmento de produção de alimentos, diversos estados brasileiros vêm investindo seriamente na disseminação de um outro conceito, muito simples, mas capaz de promover elevação imediata da produção e da produtividade: as boas práticas agrícolas. Para garantir maior proximidade com o produtor está sendo implantado o portal “Boas Práticas Agrícolas, Boa Comida”, que tem como meta principal levar informações sobre adequados procedimentos relativos aos alimentos desde o campo até a mesa do consumidor. A intenção é despertar o interesse de agricultores, nutricionistas, chefs de restaurantes, agentes ligados ao mercado de alimentos e público urbano em geral interessado em comida, de forma a difundir as inovações científicas para a produção sustentável, assim como se adotar hábitos alimentares balanceados e diversificados.

O projeto é coordenado pela Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG e conta com apoio da Associação Nacional de Defesa Vegetal – ANDEF; Associação Brasileira de Marketing Rural – ABMRA; Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados – ABRAFRUTAS; Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos – CitrusBR; Instituto Brasileiro de Frutas – IBRAF; Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal – SINDIVEG; entre outras entidades da cadeia produtiva do setor alimentício.

A motivação dos organizadores do portal é estimular a manutenção da agricultura brasileira no patamar de respeitabilidade que ela alcançou no mundo. Graças ao trabalho de milhões de produtores brasileiros e da dedicação de vários pesquisadores, o Brasil passou, nos últimos 40 anos, de importador de alimentos, a um dos principais líderes globais no fornecimento de grãos e proteínas do planeta. Para garantir a qualidade dessa produção, fazendas e pequenos produtores precisam atender a uma série de requisitos, inclusive ambientais e trabalhistas, conhecidas como Boas Práticas Agrícolas, que asseguram alimentos saudáveis e seguros para o consumo, ou seja, conservado, transportado, exposto, vendido e preparado de sorte a garantir integral controle da qualidade ao consumidor. Tudo de forma clara, transparente e de fácil manejo.(Osíris Silva é Economista, Consultor de Empresas e Escritor)

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