Boca do Acre recebe ajuda humanitária e equipes de assistência

O acompanhamento das equipes da DC/Foto: Roberto Carlos
Comandante da Defesa Civil Cel. Rocha/Foto: Roberto Carlos
Comandante da Defesa Civil Cel. Rocha/Foto: Roberto Carlos
O acompanhamento das equipes da DC/Foto: Roberto Carlos
O acompanhamento das equipes da DC/Foto: Roberto Carlos
...e a distribuição da ajuda/Foto: Roberto Carlos
…e a distribuição da ajuda/Foto: Roberto Carlos

A Defesa Civil do Amazonas, enviou, no último sábado (14), ajuda humanitária para Boca do Acre, o primeiro município no Estado a decretar estado de calamidade pública devido ao agravamento da cheia deste ano. Ao todo, 11 municípios já foram afetados nas calhas do Juruá e Purus, e cinco estão em alerta na calha do Solimões.
Já foram distribuídas mais de 36 toneladas de ajuda humanitária entre alimentos não perecíveis, kits medicamentos, kits dormitórios (redes, colchões, mosquiteiros), kits higiene pessoal, água potável, hipoclorito de sódio e filtros de água. Também foi disponibilizada uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), mergulhadores e agentes de apoio para intensificar a assistência as famílias.


Segundo a Defesa Civil, cerca de 20 mil dos 31 mil habitantes de Boca do Acre foram afetados pela enchente. Mais de 300 pessoas estão em um alojamento temporário, montado pela prefeitura no parque de exposições agropecuário, que está desativado. As famílias recebem abrigo, comida, remédios e água potável.

O prefeito Iran Lima informou que o estado de calamidade pública foi decretado na última segunda-feira, 9 de março, devido à falta de água potável, energia elétrica e serviços essenciais, como coleta de lixo. Escolas e postos de saúde estão fechados. Somente o hospital do município está em funcionamento.

“O apoio do Governo do Estado é fundamental, porque o município não consegue suprir sozinho todas as necessidades da população. Essa ajuda humanitária, estrutura e suporte técnico que estamos recebendo são extremamente importantes para desenvolvermos todas as ações necessárias”, afirmou o prefeito.

O secretário-executivo da Defesa Civil do Amazonas, coronel Roberto Rocha, afirmou que o Governo Federal também já reconheceu a situação de emergência desses municípios, que terão direito a receber benefícios como seguro-defeso e FGTS. “Governo e Prefeitura estão trabalhando juntos para administrar todos os problemas e necessidades que este desastre natural está causando na região”, disse.

Balanço – Aproximadamente 17 mil famílias já foram afetadas pela cheia nos municípios de Boca do Acre, Itamarati, Guajará, Ipixuna, Eirunepé, Envira, Canutama, Tapauá, Carauari, Pauini e Humaitá, este último tendo a situação de emergência em processo de homologação. Nessas localidades, a Defesa Civil distribuiu, até o momento, 321 toneladas de material de ajuda humanitária.

Até o começo de abril, mais municípios podem ser atingidos, como Tabatinga, São Paulo de Olivença, Santo Antônio do Içá, Tonantins e Benjamin Constant, que estão em alerta. Todos estão localizados na calha do rio Solimões.

No momento, o município de Boca do Acre na calha do Purus é o único do Amazonas em situação extrema.

Os municípios de Itamarati/Juruá, Guajará/Juruá/, Ipixuna/Juruá, Eirunepé/Juruá, Envira/Juruá, além de Canutama/ Purus, Tapauá/ Purus, Carauari/ Purus, Pauiní/ Purus, Humaitá/Purus, continuam em situação de emergência.

Ajuda – A dona de casa Maria da Conceição Xavier, 34, está há cerca de dez dias no alojamento  disponibilizado pela prefeitura de Boca do Acre com a filha, uma bebê de cinco meses. Ela disse que o apoio recebido do poder público é essencial para garantir a sobrevivência da família.

“Todo ano tem a cheia, mas essa foi a primeira vez que tive de deixar minha casa. Tenho cinco filhos: dois estão com meu ex-marido e dois com minha mãe. Eu agradeço muito pela ajuda porque senão fosse por isso nem sei como estaria nossa situação. Minha bebê está gripada e aqui no abrigo nós recebemos toda a assistência necessária”, contou.

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