O Boi-bumbá Caprichoso abriu a segunda noite do 57º Festival de Parintins, neste sábado (29/06), exaltando os povos indígenas e ribeirinhos com o tema “Tradições: O Flamejar da Resistência Popular”. O Touro Negro encantou o público com alegorias surpreendentes, mesclando toadas novas e antigas. O festival, organizado pelo Governo do Amazonas, ocorre até domingo (30/06).
Buscando o título de tricampeão, o bumbá azul apresentou-se sob o olhar otimista do presidente Rossy Amoedo, que destacou o trabalho árduo dos últimos meses. “Abrir o festival é uma responsabilidade muito grande, mesmo assim conseguimos dar um tom legal à festa, o Caprichoso se superou”, disse o presidente.
A apresentação do Caprichoso levou para a arena três alegorias impressionantes. A Figura Típica homenageou o Pescador da Amazônia, com cores e movimentos detalhados, criação dos artistas Márcio Gonçalves e Marlucio Pereira. Conduzido por Edmundo Oran, o espetáculo foi animado e empolgante. Oran enfatizou a preparação intensa: “Trabalhamos há oito meses junto com o Conselho de Arte. Preparação vocal, preparação mental para suportar, vamos dizer assim, as três noites de festa”.
O Levantador de Toadas Patrick Araújo emocionou o público ao cantar “Feito de Pano e Espuma” ao lado do pianista João Gustavo Kienen. O espetáculo culminou com o Ritual Indígena, Rito de Transcendência Marubo, uma criação do artista Kennedy Prata que trouxe a apresentação do Pajé Erick Beltrão.
A animação da galera, item 19, contou com a participação da paulista Marina Marins, que veio com um grupo de amigos para ver de perto o Touro Negro. “Até agora eu estou encantada. Acho que ontem o Caprichoso arrasou. A galera deu de 10 e acho que hoje vai ser ainda melhor”, disse Marina.
