Bolsonaro delira sobre golpe na Venezuela: ‘Não tem derrota nenhuma’

Depois de ser derrotado de maneira humilhante com a frustrada tentativa de golpe na Venezuela, Jair Bolsonaro tentou "vender" imagem delirante do episódio - foto: 247

Um dia depois de ser derrotado de maneira humilhante com a frustrada tentativa de golpe na Venezuela, Jair Bolsonaro tentou “vender” ao Brasil uma avaliação delirante: “Não tem derrota nenhuma. Eu até elogio”.


Foi a segunda tentativa de golpe de Estado no país vizinho, sob a liderança do político de extrema-direita Juan Guaidó, com apoio de Tump, de Bolsonaro e do presidente colombiano Ivan Duque – a primeira, em fevereiro, quando houve uma tentativa de invasão do país sob a capa de “ajuda humanitária”.

O presidente brasileiro, apesar da avaliação delirante, arquivou, ao menos momentaneamente, a retórica beligerante; ele afirmou na manhã desta quarta (1º) que a possibilidade de intervenção militar brasileira na Venezuela “é próxima de zero”: “Não existe isso”.

Bolsonaro reuniu-se na manhã desta quarta-feira com ministros e comandantes das Forças Armadas na sede do Ministério da Defesa, para discutir a posição do governo brasileiro sobre a Venezuela, tentando superar a divisão entre a visão intervencionista do bolsonarismo, sustentado por ele, seus filhos e pelo ministro das Relaçõs Exteriores, Ernesto Araújo, e a postura cautelosa da cúpula militar.

Participaram da reunião Bolsonaro, o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, Ernesto Araújo, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, e os comandantes das Forças Armadas.

Á saída, Bolsonaro disse também que haveria uma “preocupação” do governo com o impacto da crise da Venezuela nos preços dos combustíveis. O país é um grande produtor de petróleo e sofre com sanções econômicas e embargos impostos pelo governo Trump: “Uma preocupação existe sim, com essa ação e com embargos, o preço do petróleo a princípio sobe.

Temos que nos preparar, dada a política da Petrobras [de seguir os preços do mercado internacional] e de não intervenção de nossa parte [do governo], mas poderemos ter um problema sério dentro do Brasil como efeito colateral do que acontece lá”.

(Com informações da Agência Brasil)

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