
Em meio à repercussão da declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de que o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) começou a ter a “cara do governo”, o jornal O Estado de S. Paulo publica hoje que a gestão Bolsonaro cortou questões do próximo exame, que será aplicado a partir do próximo domingo.
De acordo com a reportagem, o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) passou a imprimir a prova previamente neste ano com a intenção de que mais pessoas tivessem acesso ao exame antes da aplicação.
A intenção de mexer no exame, entretanto, vem desde a eleição de Bolsonaro, em 2018. Ele criticou uma questão que mencionava o dialeto de gays e travestis. No primeiro ano da gestão, foi criada uma comissão para avaliar o Banco Nacional de Itens do Enem a partir da “realidade” do Brasil.
O então ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que as questões não seriam carregadas “com tintas ideológicas”. No mesmo ano, desaconselhou o uso de 66 questões por promover “polêmica desnecessária”, “leitura direcionada da história” ou ferir “sentimento religioso”.
A informação é do Estadão.
Bolsonaro recua
Bolsonaro recua e diz que não viu as provas do Enem, mas afirma que testes tinham ‘ativismo político e comportamental’.
Nesta quarta-feira (17), ele jura que não viu as questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deste ano, mas voltou a atacar a prova ao afirmar que os testes tinham “questões esquisitas” e de “ativismo comportamental”.
Na terça-feira, ele disse que o Enem “começava a ter a cara do Governo”. “Não, não vi. Eu não vejo, não tenho conhecimento”, disse durante viagem ao Catar.
Vergonha em Dubai: