Brasil cala provocações russas com virada e vitória, em São Paulo

Jogadoras brasileiras calam provocações russas/Foto: Bruno
Brasileiras festejam a vitória, em São Paulo/Foto: FIV
Brasileiras festejam a vitória, em São Paulo/Foto: FIV

Levantadora titular da Seleção Brasileira, Dani Lins está acostumada a ouvir, na rede, o que as adversárias dizem do outro lado da quadra. Contra a Rússia, normalmente, não são palavras em tom educado e polido. O confronto, de grande rivalidade, gerou mais provocações entre as atletas na manhã deste sábado, quando o Brasil venceu por 3 sets a 0, em partida do Grand Prix. As provocações adversárias existiram, mas não surtiram o efeito desejado.

“Tem hora que dá uma irritada. As meninas dizem ‘me dá a bola que eu vou descontar’. Calma, gente. A gente vai tentando não se estressar com isso. Vire a cara, que é a melhor resposta”, disse a levantadora, que se diverte com a reação das companheiras. “A Thaísa, a Sheilla, a Fabiana, elas ficam…”, disse, fazendo gestos como quem está pilhado. “Acabam jogando melhor. Todo mundo pega um pouco dessa raiva”, explicou.


De acordo com Dani Lins, a ponteira Nataliya Goncharova é a mais ousada no contato na rede: grita, encara e provoca o tempo todo. “O jogo delas é assim”, afirmou. “Não dá para entender nada, elas falam em russo. Falam entre elas, gritam, falam um monte de coisa, mas a gente não presta atenção nisso. Se formos ficar preocupadas, a gente não joga”, apontou Thaísa, a maior pontuadora do jogo, responsável por calar as rivais.

“Elas têm mania de gritar e encarar. Fizeram isso no começo do jogo, mas depois tiveram de baixar a cabeça. A gente não precisa ficar provocando. Não preciso ficar olhando para lá. Se elas querem fazer isso, problema é delas. A gente vai fazer nosso vôlei ponto por ponto como foi quando recuperamos um set praticamente perdido”, afirmou Thaísa, em relação à segunda parcial. Sua atuação foi determinante na virada do resultado.
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As provocações fazem parte da estratégia de jogo e têm sido constantes nos duelos entre Brasil e Rússia nos últimos anos. Os efeitos são diversos. “Eu sou levantadora. Eu não tenho como matar uma bola e olhar na cara. Meu maior prazer é deixar as meninas livres, aí elas viram e gritam. Eu tenho só que ir junto com elas. Eu fico mais na minha”, disse Dani Lins. “Provocação às vezes é bom porque a gente fica mais chateada, fica brava, vai lá e faz melhor. A gente tem que manter dessa forma”, complementou Thaísa.(Terra)

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