Brasil fecha 20,8 mil vagas de trabalho formal em 2017

Novas regras do seguro-desemprego geram economia de R$ 3,8 bilhõesFoto: Erik Salles/Ag. A TARDE

O saldo de empregos com carteira assinada em 2017 foi negativo, com o fechamento de 20.832 vagas, segundo os dados divulgados nesta sexta-feira (26) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).


Este foi o terceiro ano consecutivo em que o indicador registrou fechamento de vagas — o comportamento foi o mesmo em 2015, quando o País fechou 1,5 milhão de vagas, e 2016, quando 1,3 milhão de postos.

A criação de empregos vinha positiva até novembro, mas, em dezembro de 2017, o País fechou 328.539 vagas formais. Comparada com o mesmo mês em 2016, a redução de vagas foi menor. Em 2016, foram fechados 462.366 postos de trabalho.

Novas regras do seguro-desemprego geram economia de R$ 3,8 bilhõesFoto: Erik Salles/Ag. A TARDE

As regiões Sul (33.395) e Centro-Oeste (36.823) registraram saldo positivo, enquanto Norte (-26), Nordeste (-14.424) e Sudeste (-76.600) tiveram redução de vagas ao longo do ano.

Desemprego na pele

A manicure Mayara Gonçalves Santos é uma das pessoas que foram prejudicadas pelo fechamento de vagas em 2017. Desempregada desde agosto de 2017, Mayara trabalha em um salão de beleza sem carteira assinada e busca a recolocação profissional.

— Eu saia todos os dias e entregava currículo, mas nem fui chamada para entrevistas.

Mayara afirma que pretende apostar nos estudos para conseguir a recolocação profissional que não conseguiu em 2017.

— Minha expectativa é me atualizar na minha área. Fazer cursos de especialização em cabeleireiro e abrir um salão para mim. Mas se aparecer uma oportunidade de carteira assinada eu vou também.

Desempenho por setor

A construção civil foi a vilã no corte de vagas em 2017, uma vez que fechou quase 104 mil vagas formais no ano passado.

A indústria de transformação também se destacou, porque encerrou 19,9 mil vagas de trabalho com carteira assinada — os segmentos que mais cortaram vagas foram as fábricas de produtos minerais não metálicos (14,7 mil vagas a menos); de papel, papelão e editorial (6,2 mil vagas a menos); e calçadista (5,8 mil postos a menos).

Por outro lado, o comércio foi responsável pela criação de 40 mil vagas formais, com destaque para o segmento varejista (26,5 mil novas vagas criadas).

O setor de serviços também se destacou positivamente em 2017, uma vez que criou 36,9 mil postos de trabalho formais.

Fonte: R7

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