
No primeiro semestre de 2024, o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou 14.352 transplantes em todo o Brasil, representando um aumento de 3,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando foram realizados 13,9 mil procedimentos. Os órgãos mais frequentemente transplantados foram rins, fígado, coração, pâncreas, pulmão, além de córnea e medula óssea.
No total, foram transplantados 4.580 órgãos sólidos, 8.260 córneas e 1.512 medulas ósseas. O crescimento de 3,2% nos transplantes em relação a 2023 foi impulsionado principalmente pelos órgãos sólidos, que tiveram um aumento de 4,2% nos primeiros seis meses de 2024.
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT), o maior programa público de transplantes do mundo, é responsável por regulamentar e controlar todo o processo de doação no Brasil. Aproximadamente 88% do financiamento dessas atividades é coberto pelo SUS, que conta com 728 estabelecimentos habilitados para realizar transplantes em todas as regiões do país.
Patrícia Freire, coordenadora-geral do SNT, destacou a complexidade do processo de doação e a importância de atender à diversidade da população brasileira. Segundo ela, novos projetos estão em desenvolvimento para garantir que o Brasil continue a se destacar no cenário global de transplantes nos próximos dois anos.
Entre os avanços recentes, em agosto de 2024, foi criado o Programa Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Falência Intestinal, que estabelece diretrizes para o atendimento dessa condição no SUS. Além disso, uma nova plataforma eletrônica, desenvolvida em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Cartório Notarial do Brasil, permite que os cidadãos registrem online sua autorização para doação de órgãos.
Em termos de investimentos, o SUS destinou mais de R$ 1,3 bilhão para transplantes em 2023 e, até junho de 2024, já investiu R$ 718 milhões. Além disso, foram aplicados R$ 46 milhões para o funcionamento das centrais de transplantes e em projetos voltados ao fortalecimento do sistema.
Fonte: R7