Brasil registra primeira morte por varíola dos macacos

Foto: Reprodução

O Brasil registrou a primeira morte por varíola dos macacos. O óbito de um homem, de 41 anos, internado em Belo Horizonte (MG), foi confirmado pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (29).


De acordo com a pasta, o paciente apresentava baixa imunidade e comorbidades, incluindo um quadro de linfoma, câncer no sistema linfático, que levaram ao agravamento clínico. O homem passou por internação em hospital público em Belo Horizonte e cuidados intensivos. A causa da morte foi apontada como choque séptico, agravada pela infecção pelo vírus Monkeypox.

O país tem a primeira morte pela doença fora da África. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que, de janeiro até o dia 22 de julho, cinco mortes foram registradas no mundo por varíola dos macacos, todas no continente africano, sendo três vítimas na Nigéria e duas na República Centro-Africana.

Na quinta-feira (28), o Ministério da Saúde passou a usar o termo “surto” ao divulgar informações relativas aos casos da doença no país.

Doença tem baixa letalidade

O vírus Monkeypox causa uma doença com sintomas semelhantes à varíola comum, mas menos graves. Os sintomas incluem bolhas no rosto, mãos, pés, olhos, boca ou genitais, febre, linfonodos inchados, dores de cabeça e musculares e falta de energia.

Existem dois grupos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central).

As infecções humanas com o tipo de vírus da África Ocidental parecem causar doenças menos graves em comparação com o grupo viral da Bacia do Congo, com uma taxa de mortalidade de 3,6% em comparação com 10% para o da Bacia do Congo.

“A coisa mais importante sobre a varíola dos macacos é que ela causa uma erupção cutânea que pode ser desconfortável, pode causar coceira e pode ser dolorosa. Portanto, a coisa mais importante sobre cuidar de alguém com essa doença é basicamente cuidar da pele e cuidar de quaisquer sintomas que alguém possa ter, como dor ou coceira”, afirma a cientista Rosamund Lewis, líder técnica sobre varíola dos macacos do Programa de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Os cuidados clínicos para a varíola dos macacos são voltados para o alívio dos sintomas, além do gerenciamento de complicações e prevenção de sequelas a longo prazo. Os pacientes devem receber líquidos e alimentos para manter o estado nutricional adequado. Infecções bacterianas secundárias devem ser tratadas conforme indicado.

Cenário epidemiológico em Minas Gerais

Até esta sexta-feira, o estado de Minas Gerais registra 44 casos da doença confirmados por exames laboratoriais da Fundação Ezequiel Dias (Funed). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, outros 82 casos foram descartados, 130 casos estão em investigação e 2 casos foram classificados como prováveis.

De acordo com a secretaria, até o momento, os demais casos confirmados são todos do sexo masculino, com idades entre 22 e 48 anos, em boas condições de saúde.

“Em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados. Somente o município de Belo Horizonte apresenta transmissão comunitária”, afirma a secretaria em nota.

Fonte: CNN Brasil

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