
Chocante a afirmação do empresário Joesley Batista, um dos donos do Grupo J&F – holding que inclui a JBS , à revista Época de que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT “institucionalizaram a corrupção” no País, cujo modelo foi reproduzido por outros partidos.
De acordo com Joesley, há 10, 15 anos houve uma “proliferação de organizações criminosas” no Brasil. “Nós participamos e tivemos de financiar muitas delas”, afirmou o empresário, que indicou o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega como o seu contato no PT.
“Foi no governo do PT para a frente. O Lula e o PT institucionalizaram a corrupção. Houve essa criação de núcleos, com divisão de tarefas entre os integrantes, em Estados, ministérios, fundos de pensão, bancos, BNDES. O resultado é que hoje o Estado brasileiro está dominado por organizações criminosas. O modelo do PT foi reproduzido por outros partidos”.

O empresário, segundo matéria de capa da própria revista Exame, reproduzida pela mídia do país e do mundo, citou repasses ilícitos envolvendo um esquema de corrupção no BNDES e disse que o “crédito” que “o PT gastou para comprar a eleição de 2014” chegou a R$ 300 milhões.
Joesley disse ainda que quando eram liberadas parcelas de financiamentos captados no banco de fomento, ele “creditava o valor da propina na conta do Guido na Suíça”.
A propósito desse estado de degeneração ética, moral e política que se apossou de Brasília, atingindo expressivos setores dos poderes da República, li no domingo passado contundente artigo do senador Bernardo Cabral sobre a questão.
Cabral compara de certa maneira hábitos e costumes de sua época de juventude com práticas hoje disseminadas de corrupção e atos lesivos ao patrimônio público, objeto da organização criminosa a que se refere o empresário Joesley Batista.
O senador Bernardo Cabral atribui – com toda razão – a origem do processo endêmico de corrupção disseminada, que enlameia a imagem do Brasil e deprime o cidadão de bem, a atos de cafajestes, “indivíduos com má formação de caráter e em quem não se pode confiar; canalhas, por natureza e aperfeiçoamento”.
Quem não leu no domingo vale a pena ler a íntegra do artigo do senador Bernardo Cabral – “Quanta cafajestada!!!” -, reproduzido em anexo.(Osíris Silva é Economista, Consultor de Empresa e Escritor – [email protected])