Brasil tem 15 dias para retirar Pizzolato da Itália, após extradição

Ex-diretor BB, Henrique Pizzolato, extraditado/Foto: Alexandre extraditado/Foto: Alexandre
Ex-diretor Pizzolato, extraditado/Foto: Alexandre
Henrique Pizzolato, extraditado/Foto: Alexandre Auler

O ministro da Justiça da Itália, Andrea Orlando, deu parecer favorável na manhã de hoje, sexta-feira (24), ao pedido de extradição do governo brasileiro do ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão, e, partir de hoje, a Justiça do Brasil tem 15 dias para ir buscar Pizzolato e levá-lo à Penitenciária de Papuda, em Brasília.
Uma fonte interna do Ministério da Justiça disse que foi levado em consideração o acordo bilateral de extradição com Brasil e que o fato de Pizzolato ter cidadania italiana não pesou, pois ele não é um cidadão com residência fixa na Itália, ou seja, não tem vínculo com o país a não ser o sobrenome.


– Aquele tratado que o Brasil mandou dando garantias de que os direitos humanos de Pizzolato seriam respeitados na penitenciária convenceu o governo italiano – disse a fonte.

No último dia 11, o Ministério da Justiça do Brasil informou que, em reunião, foi finalizado o texto da correspondência que seria encaminhado ao governo da Itália, contendo os compromissos do Estado brasileiro em relação à extradição de Henrique Pizzolato.

No entanto, não foram divulgados detalhes sobre o texto que foi fechado. A reunião ocorreu na sede do Ministério, em Brasília. Segundo o órgão, participaram do encontro o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo; o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot; e o embaixador Carlos Alberto Simas Magalhães, sub-secretário geral das Comunidades Brasileiras no Exterior.

Em fevereiro deste ano, o governo brasileiro havia informado que a expectativa era que a extradição do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil ocorresse até abril. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão a 12 anos e 7 meses de prisão. Ele cometeu os crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, segundo o STF.

Pizzolato fugiu em 2013 do Brasil com um passaporte italiano falso no nome do irmão, Celso, morto em 1978. A defesa de Pizzolato usou como argumento o caso do ativista italiano Cesare Battisti, que teve o pedido de extradição para a Itália negado pelo Brasil. A defesa do ex-diretor do BB apelou para o princípio da reciprocidade, em que a Itália deveria tomar a mesma decisão tomada pelo Brasil. Mas o pedido foi negado.

O ex-diretor do BB foi preso em Maranello, no Norte da Itália, em 5 de fevereiro do ano passado. Cidadão italiano, ele ficou preso durante todo o processo no presídio Sant’Anna di Modena, na cidade italiana de Modena, conhecida na Itália como “prisão de ouro”, por conta dos altos custos envolvidos em sua construção, na década de 1980. Pizzolato foi solto no fim de outubro passado, após a decisão da Corte de Apelação de Bolonha.(O Globo)

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