Brasil tem maior número de desempregados já registrado pelo IBGE

Cerca de 300 mil pessoas perderam o emprego durante a pandemia/Foto: Divulgação
No trimestre encerrado em maio, foi a primeira vez que a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), do IBGE, apontou que menos da metade dos brasileiros – apenas 49,5% – em idade para trabalhar estão empregados. Os dados foram divulgados no fim de junho e mostram os números de ocupação mais baixos desde que o levantamento teve início, em 2012
O país teve 12,9% de vagas de emprego desocupadas no período de isolamento social. Antes, até fevereiro, a desocupação era de 11,6%. Isso equivale ao contingente de desempregados de 12,710 milhões, ante 12,343 milhões entre dezembro e fevereiro.
Os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), publicados também no mês passado, apontam para o mesmo número de novas pessoas sem trabalho: cerca de 300 mil apenas no período da pandemia. O saldo negativo se deu principalmente pela queda nas admissões – 48% mais baixa do que em maio de 2019.
Busca por profissionalização
Diante do cenário econômico incerto, os brasileiros que viram suas rendas ameaçadas buscam maneiras de se colocar no mercado de trabalho de maneira mais sólida, a partir da procura por novas áreas de atuação, preparação para concursos abertos e, principalmente, da busca por profissionalização.
Isso porque pesquisas feitas pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em anos anteriores já revelavam que a falta de capacitação profissional está diretamente ligada ao desemprego. Os dados indicam que cerca de 37,7% das pessoas estão sem trabalho pela falta de conhecimento teórico.
Sites que oferecem cursos online tiveram alta nos acessos durante o isolamento social. É o caso do Senac – instituição brasileira de educação profissional –, por exemplo, que recebeu 450 mil novas matrículas nos cursos remotos no período de março a abril.
Para suprir a alta demanda por formação, o MEC (Ministério da Educação) destinou R$ 60 milhões para a abertura de 122 mil vagas em cursos de qualificação profissional à distância na rede federal de educação profissional, científica e tecnológica. O projeto é integrado a institutos federais, Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), escolas técnicas vinculadas às universidades federais e instituições das redes estaduais, distritais e municipais.
As vagas são divulgadas nos sites das instituições na plataforma do Novos Caminhos, onde o usuário pode buscar instituições e acessar dados sobre o curso, número de vagas e como se inscrever.

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