Brasil terá mais armas e menos feijão no fim do governo Bolsonaro

O número de armas nas mãos de brasileiros dobraram em 2020 - foto: recorte/arquivo

Em 2020, praticamente dobrou o número de armas registradas na Polícia Federal. Já a fome disparou. Jair Bolsonaro vai deixar o Planalto com mais fuzis e menos feijão no Brasil. escreveu o jornalista Bernardo Mello Franco.


“Jair Bolsonaro tem um dom inegável: produz slogans contra seu próprio governo melhor que qualquer político da oposição. Na sexta-feira, o presidente defendeu que os brasileiros se armem com fuzis”, escreveu.

E acrescentou: 

“Tem que todo mundo comprar fuzil, pô. Povo armado jamais será escravizado”, disse. “Eu sei que custa caro. Tem um idiota: ‘Ah, tem que comprar é feijão’. Cara, se não quer comprar fuzil, não enche o saco de quem quer comprar.”

Jair incentiva a compra de armas pela população – foto: recorte/arquivo

Bolsonaro estava no curralzinho do Alvorada, lembra. Em 25 minutos de monólogo, chamou um adversário de “gordo”, outro de “calcinha apertada”, o terceiro de “canalha” e o quarto de “bandido”. A cada insulto, colheu aplausos e gritos de “Mito”. Sem máscara, ele voltou a desdenhar a pandemia, que já matou 578 mil brasileiros. “Lamento. Acontece. A vida é essa”, comentou Mello Franco.

“Bolsonaro deixará um país com mais fuzis e menos feijão. Em 2020, praticamente dobrou o número de armas registradas na Polícia Federal. Foram 186 mil, um aumento de 97,1% em relação ao ano anterior. O governo também facilitou o acesso a armas de alto poder ofensivo. Caso dos fuzis semiautomáticos, cujo uso era restrito às forças de segurança.

Enquanto os bolsonaristas se municiavam, a fome disparou. O número de brasileiros em situação de insegurança alimentar grave saltou de 10,3 milhões em 2018 para 19,1 milhões em 2020. A alta da inflação ainda tende a agravar esse drama.

Brasil 247

 

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