Brasileiros tentam se adaptar a estado de alerta máximo, em Bruxelas

Brasileiros com dificuldades de adaptação, em Bruxelas/Foto: EFE

Com Bruxelas ainda sob alerta máximo, brasileiros residentes na capital belga tentam manter a rotina em meio ao risco de ataques de extremistas semelhantes aos que aconteceram em Paris.
No último sábado (21), as autoridades belgas decidiram implementar um grande esquema de segurança diante da “ameaça real e iminente” de atentados em Bruxelas.


Transportes públicos foram suspensos e museus, fechados. Autoridades também cancelaram eventos públicos e recomendaram à população que evitasse locais com grande aglomeração de pessoas.

Na segunda-feira (23), depois de uma nova análise de risco, o governo decidiu manter o estado de alerta máximo por mais uma semana, mas ordenou a reabertura de escolas e da rede de metrô nesta quarta-feira (25).

Ainda assim, o café brasileiro La Caipirinha, situado em uma região com muito movimento noturno em um bairro na região central de Bruxelas, está funcionando normalmente desde o fim de semana passado.

“No sábado a polícia passou e falou para colocarmos a música mais baixo e fechar mais cedo. Abaixamos as portas à 01h00, mas continuamos funcionando com os clientes que estavam dentro. Somos um café brasileiro. Não é aqui que eles (os terroristas) vão atacar”, afirma a proprietária, Maria dos Santos, que vive em Bruxelas há oito anos.

Ela conta, porém, que a clientela diminuiu cerca de 70% durante o fim de semana de sítio.

“A rua estava quase deserta. Quase todos os outros restaurantes estavam fechados. Mas não podemos parar por causa de terroristas”, disse à BBC Brasil.

A embaixada do Brasil estima que entre 30 e 40 mil brasileiros vivam na Bélgica, a maioria deles em Bruxelas e Antuérpia.

Paulo Brasil, proprietário de uma academia de artes marciais no bairro de Anderlecht, onde ocorreram algumas das batidas policiais antiterroristas, decidiu manter as atividades, e sem qualquer esquema especial de segurança.

“Tivemos um ‘portas abertas’ no sábado e veio muita gente. Os alunos continuam vindo. Só aqueles que dependem do metrô não vieram, porque o metrô estava parado”, assegura.(UOL)

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