CAC é preso suspeito de alimentar facção com armas em Manaus

Foto: Recorte

MANAUS | A polícia deu detalhes sobre a prisão de Cícero Eduardo Oliveira Júnior, conhecido também como “Ciclope”, suspeito de abastecer facções com drogas e armas dentro e fora do Amazonas.


A suspeita é de que exista uma rede criminosa que assedia e contrata Colecionadores, Atiradores Desportivo e Caçadores (CAC), para este tipo de “serviço” criminoso.

Segundo o delegado Cícero Túlio, o Ciclope é um desses homens, que foi cooptado por ter acesso fácil a várias armas e tipos de munições.

“A gente conseguiu obter informações acerca desse outro CAC, desse outro atirador desportivo, que teria sido cooptado por uma facção criminosa que opera no ramo de tráfico de drogas aqui na zona norte, para fins de adquirir armas de fogo e repassar para essas pessoas vinculadas ao tráfico de drogas.

E juntamente a essa questão de ceder as armas de fogo adquiridas por parte desse CAC, ele teria também a função de guardar sobre sua posse uma expressiva quantidade de material”.
Na casa dele, durante a operação, os policiais encontraram mais de 30 Kg de drogas, que seriam enviadas para facções em São Paulo. A remessa de armas, porém, seria distribuída entre grupos criminosos em Manaus.

“Em relação especificamente aos materiais entorpecentes que foram apreendidos na casa desse atirador desportivo, esse material teria o destino ao Estado de São Paulo. Inclusive já conseguimos identificar outra pessoa de alcunha, Kiko, que estaria sediado na Colômbia e por conta de orientações desse Kiko, esses materiais entorpecentes seriam encaminhados para São Paulo e as armas de fogo seriam entregues a facções criminosas que operam no tráfico de drogas aqui em Manaus”, afirma o delegado.

Além do colombiano e de Ciclope, outras pessoas também estão no radar da polícia, suspeito de integrar o esquema.

A droga apreendida é de origem colombiana e entrava no Brasil por meio do Rio Solimões, e passava pelos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant, conforme a polícia.

No caso da prisão de Ciclope, a polícia esclareceu que a Operação Refratário é o desdobramento da Operação Paiol que resultou na prisão de outro CAC no ano passado. Foi esse homem quem apontou a participação de Ciclope no esquema e levou a equipe de investigação a chegar no acusado
Ciclope já tinha ficha criminal por ursupação dos bens da União, em virtude de ter sido flagrado trabalhando em um garimpo ilegal em outra ocasião.

A partir de agora, os trabalhos vão ser concentrados para desmantelar essa rede criminosa de tráfico de drogas e armas no Brasil e na Colômbia.

“A gente vai desdobrar ainda mais essa investigação para identificar inclusive outros atiradores desportivos que eventualmente tenham participação nesse esquema de aquisição de armas de fogo para repassar para organizações criminosas e as pessoas também vinculadas ao tráfico de drogas”, finalizou o delegado.

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