A campanha de Donald Trump alterou sua estratégia, partindo para o ataque direto contra Kamala Harris, após o debate presidencial de 27 de junho. Os conselheiros de Trump, inicialmente esperando que as preocupações democratas sobre Joe Biden diminuíssem, acordaram na manhã seguinte com uma crise intensificada dentro do partido adversário. A expectativa era que Biden desistisse da corrida, levando Trump a preparar uma ofensiva contra Harris, considerada a substituta mais provável.
Com o anúncio de Biden de que não concorrerá à reeleição e seu apoio a Harris, os gestores de campanha de Trump rapidamente começaram a atacá-la. Em uma declaração contundente, ligaram Harris às políticas da administração Biden, enquanto um grupo de doações alinhado com Trump lançou anúncios nos estados indecisos, tentando definir Harris como cúmplice da suposta incapacidade de Biden.
Trump também sugeriu que o próximo debate não fosse realizado na ABC, preferindo os estúdios da Fox News. Ele afirmou que Biden nunca esteve apto para a presidência e agora, com a campanha de Trump focada em Harris, tornou-se uma urgência recalibrar suas táticas para enfrentar uma nova corrida eleitoral.
A equipe de Trump, inicialmente preparada para derrotar Biden, agora reimagina sua campanha, adaptando ataques ao histórico de Harris, tanto na administração Biden quanto em seus cargos anteriores na Califórnia. Na Convenção Nacional Republicana, Harris foi alvo de críticas, sinalizando a estratégia agressiva que a campanha de Trump adotará.
Pesquisas indicam que, embora Harris seja a mais conhecida entre os possíveis candidatos democratas, a maioria dos americanos sabe pouco sobre ela. Isso cria uma oportunidade para a campanha de Trump definir sua imagem negativamente. O grupo pró-Trump, MAGA Inc., lançou um comercial de 30 segundos no domingo, acusando Harris de encobrir o declínio mental de Biden, veiculando o anúncio em estados-chave como Arizona, Geórgia, Nevada e Pensilvânia.
A campanha de Trump pretende explorar o apoio de Harris a Biden, especialmente nos meses anteriores ao debate, quando o desempenho do presidente já levantava preocupações sobre sua aptidão. Chris LaCivita, cogerente de campanha de Trump, sugeriu que essa linha de ataque será central na campanha contra Harris.
Fonte: G1
